Como nasceu o projeto “Comunidade Jovens Missionários Continentais”?

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Movidos pela Jornada Mundial da Juventude (Rio 2013), os jovens católicos juiz-foranos caminham a passos largos nas expressões de fé. Muitos se consagraram à missão, num grande projeto da Arquidiocese de Juiz de Fora.

Entre as inúmeras iniciativas da Conferência Episcopal Latino Americana de Aparecida (maio de 2007), destaca-se a organização de uma nova e grande ação evangelizadora, “um despertar missionário, na forma de Missão Continental” (cf, D.A. 551). Tratava-se de um programa pastoral, que se traduz em impregnar todas as ações da Igreja com o espírito missionário. É necessário novamente evangelizar, com novos métodos e novo ardor, todos os países da América Latina.

Em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco voltou ao termo missão continental, incentivando os jovens a assumirem, com coragem, a evangelização do mundo e a enfrentarem com rebeldia as correntes anticristãs que surgem no meio social, colocando em risco a paz, a fraternidade, o amor ao próximo, a justiça social. Pelas repetidas palavras do Papa, entende-se que tal ideal se concretizará por novas iniciativas que contribuam com a juventude para tal espírito missionário abrangente. Como empreender este ideal de missão permanente se não há um autêntico espírito missionário em nosso povo batizado?

Para responder a esta inquietação, ao nos reunirmos com jovens juiz-foranos que participaram da JMJ Rio 2013, resolvemos propor-lhes um projeto missionário contínuo na Arquidiocese, aliás, já previsto e inspirado em nosso Sínodo Arquidiocesano realizado de 2009 a 2011, que pedia para oferecer aos jovens experiências concretas de ação missionária de paróquia em paróquia. Uma conversa iluminada com uma das jovens no dia 6 de agosto de 2013, festa da Transfiguração do Senhor, foi o sinal de Deus para iniciar de imediato a obra. No dia seguinte, encontrávamos já com cerca de 30 outros jovens aos quais propus o projeto que foi calorosamente acolhido. Foi proposto aos jovens que estivessem dispostos a oferecer um ano de sua vida a Deus dentro do projeto missionário. Ao grupo que deu o seu “sim”, demos o nome de Comunidade Jovens Missionários Continentais (JMC). O projeto se divide em três níveis: oração, estudo e ação missionária.

Tudo teve começo concreto em 16 de agosto de 2013, com a primeira vigília, numa noite fria que recordou a temperatura do início da JMJ no Rio de Janeiro. O projeto experimenta sucesso também pelo trabalho incansável do Diácono Leonardo Loures, a quem nomeei como Assessor Arquidiocesano. A primeira missão se deu em outubro, na cidade de São João Nepomuceno, juntamente com os seminaristas da Arquidiocese. Primeiro vão aos mais pobres e sofredores da periferia. Até maio, foram realizadas missões em sete cidades, cobertas de sucesso vindo do céu.

A semente foi lançada. Queremos que ela seja regada por Deus para que a sua Palavra e seu amor se espalhem por toda a nossa região e um dia possa ultrapassar fronteiras e ir se irradiando pelo continente em verdadeira fraternidade com outros jovens de Deus. O mundo precisa de Deus. Sem Ele a pessoa humana sucumbe.

Dom Gil Antônio Moreira
Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora

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