Histórico

A Diocese de Juiz de Fora foi idealizada por Dom Silvério Gomes Pimenta, primeiro Arcebispo de Mariana (MG), e concretizada pelo seu sucessor, Dom Helvécio Gomes de Oliveira. Nossa Igreja Particular foi criada com a Bula Pontifícia “Ad Sacrosancti Apostolatus Officium”, do Papa Pio XI, em 1º de fevereiro de 1924, tendo Dom Justino José de Santana como primeiro Bispo.

Dom Justino governou a Diocese durante 33 anos, mais precisamente até sua morte, em 9 de junho de 1958. Seus restos mortais estão na Capela da Ressurreição da Catedral Metropolitana. Dom Justino teve Dom Othon Motta como seu bispo auxiliar de 1953 a 1956.

Dom Geraldo Maria de Morais Penido, nomeado bispo coadjutor em 30 de novembro de 1957, sucedeu imediatamente Dom Justino. Mais tarde, com a elevação da Igreja de Juiz de Fora para a condição de Arquidiocese, através da Bula Pontifícia “Qui Tanquam Petrus” do Papa João XXIII, em 14 de abril de 1962, Dom Geraldo tornou‐se o primeiro Arcebispo. Ele se afastou somente em 1º de dezembro de 1977, quando foi transferido para a Arquidiocese de Aparecida (SP), onde ficou até a data do seu falecimento, em 15 de novembro de 2002. Seus restos mortais se encontram no Santuário Nacional.

No ano de 1973, Dom Geraldo recebeu o Bispo Emérito de Araçuaí, Dom Altivo Pacheco Ribeiro, que veio residir em Juiz de Fora e o jurisdicionou com os poderes de Vigário Geral para auxiliá-lo na Arquidiocese. Assim ele permaneceu até o ano de 1977, quando Dom Geraldo foi transferido. Dom Altivo foi escolhido pelo Colégio dos Consultores como Administrador Arquidiocesano, permanecendo neste ofício até a posse do novo Arcebispo, Dom Juvenal Roriz. Ele ficou na Arquidiocese até a sua morte, ocorrida no dia 13 de junho de 1987. Seus restos mortais também estão na Capela da Ressurreição da Catedral.

Dom Juvenal Roriz, C.Ss.R. chegou em 1978 para conduzir a Igreja de Juiz de Fora como segundo Arcebispo. Em 1987, seu então vigário geral, Monsenhor Eurico dos Santos Veloso, foi nomeado bispo auxiliar, tendo sido ordenado em 5 de julho do mesmo ano, na Catedral Metropolitana. Em fevereiro de 1990, por motivo de saúde, Dom Juvenal Roriz renunciou ao governo da Arquidiocese, retornando então para sua terra natal, Goiânia (GO), falecendo em 13 de dezembro de 1994. O sacerdote foi sepultado em Rubiataba (GO).

Para substituí‐lo, o Papa João Paulo II nomeou Dom Frei Clóvis Frainer, da Ordem dos Franciscanos Capuchinhos, como terceiro Arcebispo de Juiz de Fora, transferindo‐o da Arquidiocese de Manaus (AM). Dom Clóvis assumiu em 15 de agosto de 1991, tendo renunciado em 28 de novembro de 2001, quando foi então nomeado Dom Eurico dos Santos Veloso, transferido da Diocese de Luz (MG).

Dom Eurico tomou posse como quarto Arcebispo de Juiz de Fora em 3 de fevereiro de 2002. Em 25 de julho de 2004, ordenou, na Catedral Metropolitana, como seu bispo auxiliar, Dom Paulo Francisco Machado. Este foi transferido em janeiro de 2008 para a Diocese de Uberlândia (MG), como bispo diocesano. Ao completar 75 anos, Dom Eurico apresentou sua renúncia, que foi aceita pelo Papa Bento XVI, em 28 de janeiro de 2009.

Naquele mesmo dia, o Santo Padre nomeou Dom Gil Antônio Moreira como quinto Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, transferindo‐o da Diocese de Jundiaí (SP). Dom Gil tomou posse canônica na Catedral Metropolitana, em 28 de março de 2009, em uma memorável cerimônia, à qual compareceram numerosos visitantes de várias partes do país, delegações das paróquias, todo o clero e 29 bispos. A posse contou ainda com a honrosa presença do excelentíssimo Sr. Núncio Apostólico à época, Dom Lorenzo Baldisseri.

I Sínodo Arquidiocesano

De 13 de dezembro de 2009 a 13 de junho de 2011, a Arquidiocese de Juiz de Fora realizou o seu I Sínodo Arquidiocesano, instrumento para refletir sobre o que de bom havia sido construído até ali e o que faltaria construir. O tema escolhido foi “Arquidiocese de Juiz de Fora: uma Igreja sempre em Missão” e o lema, “Fazei discípulos meus” (Mt 28,19).

O Sínodo foi concluído com a promulgação do Documento Sinodal, que contemplou os horizontes: Família e Vida, Comunidade de Fé, Amadurecimento e Fortalecimento da Fé e Serviço aos Pobres. O lançamento se deu no dia 13 de junho de 2011.

A partir das propostas do Sínodo, foram criados os Vicariatos Episcopais Ambientais: Vicariato para Cultura, Educação e Juventude (em 2015 modificado para Vicariato para Educação, Comunicação e Cultura), Vicariato para Caridade e Vicariato para Vida e Família. Fundou‐se também o Jornal Folha Missionária: a edição de lançamento foi publicada em 21 de novembro de 2010, começando a circular sequencialmente a partir de janeiro de 2011.

Desde então, edificações têm sido construídas e reformadas para o bem pastoral e espiritual da Arquidiocese: enquanto o Centro de Formação de Liderança Cristã (Ceflã) foi reformado, houve a construção do Centro Arquidiocesano Administrativo‐Pastoral, o Edifício ‘Christus Lumen Gentium’ – Colina da Fé. O prédio abriga a Cúria Metropolitana, o Centro Arquidiocesano de Pastoral João Paulo II, o Arquivo Histórico, o Tribunal Eclesiástico e o Centro Arquidiocesano de Comunicação (Jornal Folha Missionária e Assessoria de Comunicação).  

A pedra fundamental do edifício foi abençoada por Dom Gil Antônio Moreira no dia 13 de junho de 2011 e sua inauguração aconteceu dois anos depois. Toda a obra foi custeada pelo Sr. Estevam Duarte e sua família, proprietários da rede de Supermercados Bretas, como contribuição do seu dízimo.

Jubileu de Ouro

Em 2012, Juiz de Fora comemorou 50 anos de elevação à categoria de Arquidiocese. O Jubileu de Ouro começou a ser celebrado em 23 de junho de 2011, Dia de Corpus Christi. As comemorações foram estendidas até 7 de junho de 2012, quando, na mesma Solenidade do Corpo de Cristo, foi realizada uma grande celebração no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, reunindo delegações de todas as paróquias para o momento alto de Ação de Graças. Também dentro das celebrações, foi feita uma grande romaria a Aparecida (SP), no dia 14 de abril de 2012.

Ainda dentro das festividades do Jubileu, foi realizada a I Exposição de Arte Sacra, de 3 de agosto a 20 de setembro de 2011, na Catedral Metropolitana. O tema foi “Juiz de Fora: Nossa história é de fé, nossa Igreja tem arte. Dos primórdios ao jubileu áureo da Arquidiocese” e o lema, “Arte Sacra: a beleza que evangeliza”. O encerramento da exposição foi marcado, no dia 19 de setembro, pelo I Seminário de Bens Culturais da Igreja em Juiz de Fora.

Para marcar o aniversário de 90 anos de criação da Diocese de Juiz de Fora, lembrado em fevereiro de 2014, foram organizadas diversas atividades comemorativas, que envolveram a realização, por parte de todas as paróquias, de um Tríduo Eclesial Vocacional. No último dia do tríduo, houve a reentronização da imagem original de Santo Antônio, padroeiro da Arquidiocese e de Juiz de Fora, na Catedral Metropolitana.

Em 1º de fevereiro, uma grande solenidade em ação de graças foi realizada na Catedral. Na ocasião, foram ordenados dois novos padres e quatro novos diáconos transitórios, além de criadas quatro novas paróquias na Arquidiocese, totalizando 90 – mesmo número de anos que a Diocese completara no dia. Além disso, foi nomeada a Comissão Arquidiocesana para o processo de Beatificação e Canonização de Monsenhor Marciano Bernardes da Fonseca, ex-pároco de Santa Rita de Jacutinga (MG), que ainda corre no Vaticano.

Também fez parte das comemorações dos 90 anos da Diocese uma exposição histórica e artística, instalada nas dependências do prédio da Cúria Metropolitana. No local, todas as paróquias foram representadas por um símbolo ou imagem.

II Sínodo Arquidiocesano

Em 2013, 2015 e 2017 a Arquidiocese de Juiz de Fora realizou revisões sinodais, com o objetivo de reconhecer as falhas na implementação das ações indicadas pelo Documento Sinodal e programar as atividades dos anos seguintes. Essas reavaliações culminaram na preparação para o II Sínodo Arquidiocesano, iniciada no primeiro semestre de 2018.

A iniciativa pastoral teve início litúrgico em 28 de outubro de 2019. Na ocasião, foram apresentados aos fiéis o hino, a oração e a logomarca do II Sínodo, cuja abertura oficial dos trabalhos se deu no dia 7 de dezembro. O lema que regeu todos as atividades sinodais foi “Proclamai o Evangelho pelas ruas e sobre os telhados” (cf. Mt 10,27). Naquele mesmo dia, 28 candidatos ao Diaconato foram admitidos às ordens sacras, sendo 25 leigos e três seminaristas.

Com a pandemia de Covid-19, instaurada no Brasil em março de 2020, o planejamento da Coordenação Ampliada teve que ser ajustado, mas o trabalho não parou: no lugar de encontros presenciais, os missionários sinodais e o clero passaram a se encontrar de forma virtual. Além disso, os impactos do novo coronavírus foram amplamente discutidos na segunda fase do Sínodo, que começou em outubro de 2021.

Depois de três anos de uma intensa programação, uma Missa Solene na Catedral Metropolitana, no dia 20 de novembro de 2022, Solenidade de Cristo Rei do Universo, marcou o fim do II Sínodo Arquidiocesano. Como um dos focos da iniciativa pastoral foi a reestruturação pastoral, ao final da Celebração Eucarística, o Arcebispo de Juiz de Fora anunciou uma série de mudanças. A primeira delas foi a extinção do cargo de Secretário de Pastoral e a criação de uma Coordenação Sinodal da Ação Evangelizadora.

Dom Gil também comunicou a criação de dois novos Vicariatos: o da Juventude e o da Educação e Cultura, tendo este se desvinculado do agora Vicariato para a Comunicação. Também foram oficializadas as duas novas diaconias da Igreja Particular juiz-forana: as diaconias “Dai-lhes vós mesmos de comer” e “Vinde a mim os pequeninos” uniram-se às diaconias Hospitalar e dos Enfermos, da Esperança e Carcerária.

Através de pesquisas quantitativas e qualitativas realizadas junto às paróquias das 37 cidades que compõem a Arquidiocese, foi produzido o Documento Sinodal. O texto, que será publicado em 5 fevereiro de 2023 – no aniversário de 99 anos da Diocese de Juiz de Fora – trará uma análise das conquistas desde a celebração do I Sínodo, encerrado em 2011, e apontará os próximos passos a serem dados pela Igreja Particular juiz-forana.

Centenário da Diocese de Juiz de Fora

No dia 31 de janeiro de 2021, uma Missa Solene na Catedral Metropolitana, presidida por Dom Gil Antônio Moreira e concelebrada por dezenas de padres de nossa Igreja Particular, marcou a abertura do Triênio Preparatório para o Centenário da Diocese de Juiz de Fora. Na ocasião, o Arcebispo comunicou a escolha de um patrono para cada ano: em 2021, foi São José; em 2022, Santo Antônio; e em 2023, Nossa Senhora.

A abertura da festa do Jubileu, que será comemorado em 1º de fevereiro de 2024, se deu no dia 5 de fevereiro de 2023, com a presença do Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giambattista Diquattro. A Missa Solene na Catedral Metropolitana para Abertura do Ano Jubilar Mariano contou ainda com entronização do quadro de Maria, Mãe da Igreja, Padroeira da Província Eclesiástica de juiz de Fora, e da relíquia da Beata Isabel Cristina.

Em nossa Igreja Particular, o representante do Papa ainda presidiu, no dia 4, Missa Vocacional na Capela do Seminário Santo Antônio, em Juiz de Fora, com Rito de Ministérios de Leitor e Acólito para dois seminaristas, e participou de Sessão Solene no Auditório da Cúria Metropolitana para lançamento do Documento conclusivo do II Sínodo Arquidiocesano. Na passagem pela Arquidiocese de Juiz de Fora, o Núncio Apostólico também fez visita à Fazenda da Esperança de Guarará.

Com o intuito de celebrar os cem anos da Diocese de Juiz de Fora, será lançado um livro comemorativo em 1º de fevereiro de 2024. A obra procurará resgatar e divulgar a memória desta Igreja Particular, partindo do pressuposto da importância de um registro histórico neste contexto festivo. O livro estará dividido em seis seções temáticas: História e clero; Organização e Patrimônio; Formação do clero (Seminário); Comunicação; Pastoral/Evangelização e Ação Social.