Fechada há mais de uma década, a Igreja Nossa Senhora do Livramento, do Distrito de Sarandira, está em obras desde abril de 2022. Na última sexta-feira (17), o Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, visitou o local para verificar o andamento dos trabalhos.
Acompanhado do engenheiro Ricardo Luis Pires Guerrero, da CT&G Projetos e Construções, e do pedreiro Bolivar de Souza e do Ecônomo da Cúria Metropolitana, Padre Liomar Rezende de Moraes, Dom Gil pode ver os avanços obtidos nos últimos meses. Atualmente a obra está na etapa de finalização do assoalho e recomposição de parte do telhado, que deve ser concluída até o final de abril.
Segundo o engenheiro responsável, a parte de estrutura está praticamente toda recuperada. A próxima etapa será a elétrica. “É um serviço detalhado que é feito pontualmente, a gente não pode ir mexendo nas partes, senão acaba desestruturando o restante de edificação. A gente não tem como agilizar ou correr, porque não é uma obra nova, [é] de recuperação, e cada ponto que a gente mexe, é uma surpresa que a gente encontra”, explicou Ricardo Luis, quando questionado sobre os prazos de execução das atividades.
Presente desde o início, o pedreiro Nelson Fernandes da Silva, que é católico e morador da comunidade, é um dos colaboradores do restauro. Ele contou que trabalhar no local foi uma graça alcançada. “Eu mesmo pedi a Deus, porque faz muito tempo a igreja tá parada… inclusive meus filhos gêmeos foram os últimos a batizar aqui na igreja. Eu falei com Deus: ‘eu quero fazer essa obra’, e no determinado tempo chegou a mim. Só Deus sabe”.
O Pastor Arquidiocesano se mostrou bastante satisfeito com o andamento dos trabalhos. “Tenho a grande alegria constatar que a parte de estruturação está na parte final. Quero agradecer a Nossa Senhora pela sua intercessão e à benção de Deus por tudo aquilo que está sendo feito aqui. Estamos agora dependendo apenas de uma licença para terminar duas coisas: uma coluna que deve ser feita e as telhas da cumeeira, mas penso que isso vão nos autorizar rapidamente”, afirmou.
Na ocasião, Dom Gil aproveitou para abençoar o local e os trabalhadores que lá estavam.
Antes dos trabalhos práticos

Apesar do início oficial obra ter ocorrido no ano passado, os esforços em prol da Matriz começaram muito antes, em 2014. Após alguns hiatos, o plano de restauração arquitetônica foi apresentado ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (COMPPAC), órgão responsável pela avaliação e aprovação dos planos relacionados aos bens tombados em Juiz de Fora, oito anos depois.
Após a obtenção de licença e aporte financeiro que foi possível colocar a mão na massa em abril de 2022.
Envolvimento da comunidade
Na sequência da próxima etapa, da instalação elétrica, a igreja já estará em condições de uso da comunidade, visto que a estrutura e segurança do local já estará finalizada.
No entanto, o Padre Liomar Rezende recorda que faltará ainda a fase final, a estética. “A parte artística ficará para ser feita, porém é necessária a participação das pessoas, o envolvimento das pessoas, seja do ponto de vista das celebrações que irão ocorrer agora na igreja, mas também na ajuda econômica. Nós precisamos quitar os compromissos que foram assumidos e temos certeza que essa partilha, essa comunhão que já existe há tantos anos, será renovada agora com a abertura da igreja”, explicou o sacerdote que foi um dos responsáveis pelo início do processo de restauração do local.