Quarta-feira de Cinzas dá início à Quaresma, tempo de penitência, oração e caridade

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Na última quarta-feira, 1º de março, milhares de fiéis receberam a imposição das cinzas em centenas de celebrações em paróquias e comunidades da Arquidiocese de Juiz de Fora. O tradicional gesto da Quarta-feira de Cinzas foi repetido na última Santa Missa do dia na Catedral de Juiz de Fora, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira.

A missa foi concelebrada pelo vigário geral da Arquidiocese e pároco da Catedral, Monsenhor Luiz Carlos de Paula, e pelo vigário paroquial, Padre Welington Nascimento de Souza. O diácono Waldeci Rodrigues da Silva também esteve presente e auxiliou na celebração, que ainda marcou a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2017 na Arquidiocese de Juiz de Fora.

DSC07921Durante a homilia, Dom Gil explicou que as cinzas impostas sobre as cabeças dos católicos são provenientes da queima dos ramos da Semana Santa do ano anterior, e ainda são abençoadas e perfumadas. Sobre a frase dita por sacerdotes e ministros no gesto de imposição das cinzas – “Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar” -, o arcebispo afirma que tem o objetivo de fazer pensar “na efemeridade de nossa vida, em nossa fragilidade”.

“Durante este tempo, aqui no Brasil, nós celebramos também a Campanha da Fraternidade, que é uma maneira de apontar o lado social da nossa vivência cristã e até da nossa penitência. Nós queremos, durante a Quaresma, colaborar para que todos tenham um ambiente propício para viver e ter saúde”, disse Dom Gil, ao comentar sobre o tema da CF 2017, “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”.

O arcebispo metropolitano de Juiz de Fora ainda indicou que a Quaresma é um tempo de recolhimento, fortemente marcado pela oração, penitência e caridade. “Com o rito das cinzas nós iniciamos a nossa caminhada quaresmal em direção à Páscoa. Este é um tempo de recolhimento. Devemos ter a preocupação de aumentar a nossa vida de oração, seja em casa ou na igreja, na participação dos sacramentos, e procurar fazer penitência”.

O Tempo Quaresmal vai até o dia 9 de abril, Domingo de Ramos, quando também é iniciada a Semana Santa.

Jejum e abstinência: saiba o que ensina a Igreja sobre o assunto

*Fonte: Site da Canção Nova

O jejum e a abstinência são práticas muito comuns no período da Quaresma. A Igreja recomenda que os fiéis as façam especialmente durante este tempo litúrgico, mas também no decorrer do ano.

De acordo com o Código de Direito Canônico – livro das leis que orienta a Igreja Católica – o jejum é a “forma de penitência que consiste na privação de alimentos”. Para tal prática, a orientação tradicional é que se faça apenas uma refeição completa durante o dia e, caso haja necessidade, pode-se tomar duas outras pequenas refeições, que não sejam iguais em quantidade à habitual.

Pelas orientações da Igreja, estão obrigados ao jejum os que tiverem completado 18 anos até os 59 completos. Os outros podem fazer, mas sem obrigação. Grávidas e doentes estão dispensados do jejum, bem como aqueles que desenvolvem árduo trabalho braçal ou intelectual no dia do jejum.

Sobre a abstinência, o Direito Canônico diz que “consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre”. Segundo o documento, a tradição da Igreja indica a abstenção de carne, pelo menos nas sextas-feiras da Quaresma. “Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo os mais requintados e dispendiosos [caros] ou da especial preferência de cada um”, orienta o documento.

A obrigação da abstinência começa aos 14 anos e se prolonga por toda a vida. Grávidas que necessitem de maior nutrição e doentes que, por conselho médico, precisam comer carne, estão dispensados da abstinência, bem como os pobres que recebem carne por esmola.

Conforme as orientações da Igreja, o jejum e a abstinência são obrigatórios na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.

Outras informações:
Assessoria de Comunicação Arquidiocese de Juiz de Fora: (32) 3229-5450

 

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