Papa Francisco inicia sua 45º Viagem Apostólica na qual visitará quatro países em 13 dias

Logotipos e lemas da viagem do Papa Francisco à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura

O Papa embarcou, na última segunda-feira (2), para Jacarta, Indonésia, iniciando sua 45ª Viagem Apostólica, a mais longa de seu pontificado. Antes de partir, Francisco recebeu um grupo de sem-teto no Vaticano, acompanhado pelo Cardeal Konrad Krajewski. Durante a viagem de 32.814 quilômetros, que também inclui visitas a Timor-Leste, Papua-Nova Guiné e Singapura, o Santo Padre abordará temas como paz, diálogo inter-religioso, reconciliação social e mudança climática.

Sorridente, o Papa Francisco embarcou no voo que o levará a Jacarta, na Indonésia, primeira etapa de sua 45ª Viagem Apostólica internacional. O avião, que leva o Santo Padre ao continente asiático, decolou às 17h32, horário de Roma.

Antes de deixar o Vaticano, conforme informou a Sala de Imprensa da Santa Sé, “pouco depois das 16 horas locais, cerca de quinze pessoas em situação de rua, homens e mulheres, acompanhadas pelo cardeal Konrad Krajewski, Esmoleiro de Sua Santidade, visitaram o Papa Francisco na Casa Santa Marta antes de sua partida para a próxima Viagem Apostólica pela Ásia e Oceania”.

A viagem mais longa do seu Pontificado

Fé, oração, compaixão, fraternidade, harmonia e esperança são os temas presentes nos lemas e nos logotipos da Viagem Apostólica. Serão percorridos 32.814 quilômetros, atravessando quatro fusos horários diferentes, desde a partida do Aeroporto Fiumicino até o retorno a Roma na sexta-feira, 13 de setembro. Além da Indonésia, Timor-Leste, Papua-Nova Guiné e Singapura são as outras etapas desta peregrinação.

Nos 16 discursos e homilias a serem pronunciados em italiano e espanhol, o Papa abordará temas como o diálogo e a convivência harmoniosa entre as religiões, a reconciliação social, a mudança climática e seus efeitos devastadores em regiões de oceanos e vulcões, além do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e tecnológico e o desenvolvimento humano, social e espiritual das comunidades.

Adicionalmente, será abordada a evangelização, tanto antiga quanto moderna, em regiões onde as comunidades cristãs vivem em condições semelhantes às da Igreja primitiva, o acolhimento de refugiados e o incentivo aos jovens a se engajarem nos processos políticos e sociais.

Indonésia: o primeiro destino

Após chegar à Indonésia nesta terça-feira, 3, para a primeira etapa de sua 45ª Viagem Apostólica, o Papa Francisco encontrou-se com alguns órfãos, idosos, pobres e refugiados. Na Nunciatura Apostólica, localizada no centro de Jacarta, ele pôde reunir-se com um grupo de cerca de 40 pessoas e manifestar sua proximidade.

O Pontífice não tem compromissos oficiais neste primeiro dia de visita, dedicado ao descanso. Contudo, dedicou sua atenção aos presentes que estavam acompanhados por aqueles que os assistem diariamente e buscam suprir suas carências: as religiosas dominicanas, o Serviço Jesuíta aos Refugiados e a Comunidade de Santo Egídio.

Ativa no país asiático desde 1991 por iniciativa de alguns jovens leigos da Diocese de Padang, a Comunidade de Santo Egídio acompanhou 20 convidados à Nunciatura. “São pobres que vivem nas ruas, que recolhem o lixo e o reciclam. Não são os sem-teto como os vemos na Europa, mas famílias inteiras que não têm casa e vivem entre os resíduos”, explicaram à mídia vaticana.

Entre eles estavam também refugiados da Somália e uma família do Sri Lanka, que fugiu das perseguições contra os tâmeis. O Santo Padre ouviu a história deles e os abençoou, assim como fez com um migrante de Mianmar, pertencente ao povo rohingya que sofre com uma brutalidade tantas vezes já denunciada pelo Papa.

Atenção às crianças

O momento também evidenciou o afeto especial de Francisco pelas crianças. Ele encontrou-se tanto com órfãos acolhidos em vilarejos e periferias urbanas, alimentados e educados pelas dominicanas, quanto com crianças das Escolas da Paz. Estes últimos presentearam o Pontífice com o desenho de “o mundo que eu gostaria”: o globo sustentado por dois braços compostos por todas as bandeiras, unidas e próximas em sinal de fraternidade.

O Santo Padre passou boa parte do tempo conversando com as crianças, distribuindo abraços e bênçãos. Por fim, conversou em particular com uma mulher do Afeganistão, e abençoou todos os presentes.

Fonte: Vatican News

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