Núncio Apostólico visita Fazenda da Esperança em Guarará

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Na manhã do último sábado (4), teve início oficial a visita do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, à Arquidiocese de Juiz de Fora. A Fazenda da Esperança Santo Antônio de Santana Galvão, localizada no município de Guarará (MG), foi o primeiro local a recebê-lo.

Acompanhado pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, Monsenhor Eduardo Almeida da Rocha, que trabalha na Nunciatura Apostólica, e Pe. Liomar Rezende de Moraes, Ecônomo da Arquidiocese, o núncio teve uma recepção calorosa. Na capela da fazenda, todos os assistidos estavam a sua espera para acolhê-los com cânticos.

Na sequência, Pe. Haroldo Brito, então responsável pela fazenda, conduziu os convidados para um café e foi contando o funcionamento do local.

Conhecendo a comunidade terapêutica

A obra, em Guarará, possui capacidade para 72 homens, é uma das maiores do estado. Os acolhidos vivem em casa compartilhadas, cada uma com cerca de 17 pessoas, e realizam trabalhos para auxiliar no seu sustento e no processo de tratamento. Além de prestarem serviços de manutenção da fazenda, eles fazendo biscoitos, queijos, cultivam uma horta e vendem estes alimentos em seis paróquias de Juiz de Fora.

Arcebispo e Núncio tiveram a oportunidade de visitar a casa de um grupo de homens, daqueles que trabalham nas atividades do campo. Eles contaram como é a dinâmica no local, como são as refeições, o trabalho, os momentos de oração, e todo o cotidiano deles. Durante a conversa o núncio descobriu uma coisa em comum com eles: não assistir televisão. Ele contou que, certa vez, quando morava no Peru, resolveu assistir um jogo de futebol e não conseguiu ligar a TV. Quando um técnico chegou para ajuda-lo, explicou que o sinal havia sido cortado e, então, ele descobriu que não ligava a TV há 18 meses.

Em seguida, todos se dirigiram a capela para um momento oracional.  Além das orações e escuta da Palavra, dois assistidos testemunharam sobre sua caminhada. Histórias de difíceis, mas, também, de muita esperança e perseverança.

Depois de ouvi-los o representante do Papa, frisou que a esperança é Jesus. “A esperança, no profundo do coração, que ajuda a entender a importância da vida. Os momentos aqui tocam a esperança, mas precisamos depois viver essa esperança. Pois esperança é amor, é Jesus, e sem amor não vivemos”.

O Arcebispo Metropolitano também dirigiu algumas palavras aos presentes. “Queria dizer para vocês, nós colocamos a primeira atividade do Núncio visitar este lugar. Isso para mostrar o carinho que temos pela fazenda. E quero agradecer pela recepção tão bonita”, disse ele. O Pastor arquidiocesano ainda explicou que o núncio representa o Santo Papa, tão amado por todos, e que é símbolo da unidade, portanto sua visita indica que a Igreja de Juiz de Fora está em comunhão com toda a Igreja.

“Uma experiência extraordinária”

Em entrevista, Dom Giambattista contou que havia se interessado em saber mais da dinâmica da Fazenda da Esperança, na época em que o Papa Bento XVI visitou a obra. “A experiência da fazenda é uma experiência que impacta na vida das pessoas que a visitam. Nesses momentos, breves momentos, participei da vida, da esperança desse lugar, do entusiasmo, do desejo, do compromisso, do amor, da fé que se vive nessa realidade de igreja e de humanidade”, contou ele.

“É uma experiência extraordinária, uma escola, se podemos dizer para um sacerdote conhecer esse amor da igreja que se manifestar de maneira extraordinária em todos os momentos e em todos os lugares, no Brasil e no mundo inteiro. Assim você vive, se recebe essa realidade e se transmite esse amor aos demais”, concluiu.

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