Missa da Unidade reúne padres e marca bênção e consagração dos Santos Óleos

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Na manhã da última quinta-feira, 1º de outubro, o Clero Arquidiocesano se reuniu para a Missa dos Santos Óleos, realizada na Catedral Metropolitana. Grande parte dos padres de nossa Igreja Particular estiveram presentes na celebração, presidida pelo Arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira. A Eucaristia ainda contou com a presença de alguns diáconos permanentes e de seminaristas.

Esta Missa ocorre tradicionalmente na manhã da Quinta-feira Santa, mas em 2020 não pôde acontecer em várias partes do mundo por conta da pandemia do novo coronavírus. “Fazer a Missa do Santo Crisma fora da Páscoa é diferente, mas ao mesmo tempo foi um momento interessante, porque caiu numa quinta-feira a abertura do Mês Missionário e nós pudemos celebrar estes dois temas: o sacerdócio e a missão, sabendo que nenhum padre pode ser padre se não for missionário”, afirmou Dom Gil.

A Celebração Eucarística também marcou o Dia de Santa Teresinha e o início do Mês Missionário. Em entrevista, o Arcebispo apontou a Patrona das Missões como exemplo de amor a Deus e à Igreja. “Em nossa Arquidiocese de Juiz de Fora, que quer ser sempre uma Igreja em missão, a gente pode se espelhar no exemplo dela, sobretudo na sua espiritualidade, simplicidade e dedicação à ampliação da Igreja e ao anúncio de Jesus Cristo”.

Durante a Santa Missa, os presbíteros renovaram as promessas sacerdotais. Por isso, em sua homilia, o Arcebispo Metropolitano falou aos padres. “Assim como Cristo é o ungido do Pai, pela misericórdia Divina, alguns entre os batizados são escolhidos para perpetuar a Sua missão sacerdotal e a Sua missão de pregador, de evangelizador, de anunciador da boa-nova. E somos nós. Não pelos nossos merecimentos. Não somos padres pelas nossas virtudes, mas pela graça de Deus. Não somos ungidos porque merecemos, mas para que nos purifiquemos e sirvamos ao povo de Deus. A nossa missão, queridos padres, é a missão de Cristo”.

Dom Gil recordou que esta Eucaristia também pode ser chamada de Missa da Unidade. “Estamos aqui como família, como membros de uma igreja particular, como servidores desta Igreja. Estamos aqui para renovar os nossos compromissos sacerdotais e para dizer ao Senhor: ‘Ainda que eu seja limitado, eis-me aqui outra vez, Senhor. Eu quero continuar’. O sacerdote não é sacerdote isolado. Nós somos membros de um presbitério”.

Outro momento marcante da manhã de quinta-feira foi a bênção dos Óleos dos Catecúmenos e dos Enfermos e a consagração do Óleo do Crisma. “Se o Óleo dos Catecúmenos serve para o Batismo, em preparação do grande dom de se tornar filho de Deus e membro da Igreja; se o Óleo dos Enfermos serve para os enfermos; o Óleo do Crisma serve para vários outros sacramentos, vários outros momentos. É usado também no Batismo, consagrando o peito, o coração e a vida de quem recebeu a regeneração na água batismal; é celebrado no Sacramento da Crisma, geralmente aplicado aos jovens, confirmando o seu Batismo; é derramado nas mãos dos neossacerdotes, aqueles que o Senhor, no seu mistério, escolheu, consagrou e enviou. O Santo Crisma é também utilizado para a consagração dos bispos, representando, de fato, a unção que Jesus Cristo recebeu e que, por misericórdia, passa para aqueles que escolhe e envia”, explicou Dom Gil.

O Pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia do município de Santa Rita de Jacutinga (MG), Padre Márcio Aurélio Neves, revelou a alegria em se reunir novamente com os irmãos sacerdotes depois de tanto tempo de distanciamento. “Hoje nós estamos em comunhão com nosso arcebispo, Dom Gil, para celebrar a nossa comunhão, unidade de família presbiteral”. O Vigário Paroquial da Paróquia São Pedro, Padre Kayo Cerqueira de Paiva, que participou pela primeira vez da celebração, afirmou que a Missa, realizada na abertura do Mês Missionário, relembra a missão dos sacerdotes de serem Igreja. “Nada mais propício que celebrar hoje os Santos Óleos, que servem para os momentos celebrativos nos quais nós vamos receber e marcar a vida das pessoas com a própria presença de Cristo”.

O Administrador da Catedral Metropolitana, Padre José de Anchieta Moura Lima, anfitrião da festa da unidade arquidiocesana, pontuou que o momento marca a comunhão e integração dos presbíteros, tornando-se ainda mais especial pela data em que foi realizada. “O clero é esse batalhão missionário que está na fronteira da diocese, trabalhando nas paróquias, comunidades rurais, nas regiões mais difíceis da cidade. A gente tem que louvar a Deus pelo nosso clero”, disse.

Ao final da Missa, Dom Gil aproveitou a presença da maioria dos padres para o descerramento da placa de inauguração das pinturas internas da Catedral e para explicar o minucioso trabalho, que durou sete anos. Originalmente entregue em 18 de março, a restauração foi apresentada à população no Dia de Santo Antônio (13 de junho). A cerimônia não pôde acontecer antes por conta do agravamento da pandemia do novo coronavírus.

Além disso, o Arcebispo Metropolitano anunciou a instituição do Acolitato e Leitorato a três seminaristas: Alex Francisco, Marcus Vinicius e Ronny Moreira. Os jovens receberão os ministérios em 18 de outubro, Dia de São Lucas. As ordenações diaconais também já têm datas: Marcus Vinícius receberá o Terceiro Grau do Sacramento da Ordem no dia 7 de novembro, em cerimônia presidida por Dom Bernardo Johannes Bahlmann, OFM, Bispo da Diocese de Óbidos (PA), na Igreja Matriz Nossa Senhora de Fátima do Bairro Barbosa Lage. Já Alex e Ronny serão ordenados diáconos transitórios em 31 de janeiro de 2021, véspera da abertura do triênio preparatório para o centenário da Diocese de Juiz de Fora.

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