Em 13 de junho, a Arquidiocese de Juiz de Fora celebrou seu padroeiro, Santo Antônio. A devoção ao santo, que está diretamente ligada à história da cidade de Juiz de Fora, teve ainda mais destaque neste ano em que a nossa Igreja Particular celebra cem anos de criação.
No Seminário Arquidiocesano, a primeira Missa do dia foi presidida pelo Arcebispo, Dom Gil Antônio Moreira. A Eucaristia foi concelebrada pelo Reitor, Padre Antônio Camilo de Paiva, pelo Vice-Reitor e Vigário Geral da Arquidiocese, Monsenhor Luiz Carlos de Paula, e pelos demais formadores.
Na ocasião, Dom Gil ressaltou que o santo português é modelo exemplar e brilhante de seguidor de Jesus Cristo. “Ser padroeiro de um seminário tem muito significado, porque o seminarista pode espelhar nele, primeiramente, a sua vivência de fé. Um homem completamente dedicado, disposto ao sacrifício, até ao martírio. Para ele não havia dificuldades para servir ao Senhor, e também para o futuro padre isso deve ser uma lição. Mas também Santo Antônio é um doutor, é um pregador do Evangelho, é o chamado ‘arca do testamento’, porque tinha um grande amor à Bíblia, estudava a palavra, pregava; portanto, é modelo para quem quer ser padre”, afirmou.
Ao final da celebração, aconteceu a tradicional bênção dos “pãezinhos de Santo Antônio”, que em seguida foram distribuídos aos fiéis e devotos presentes. Foram muitos os que prestigiaram, também, as barraquinhas montadas no Seminário. Recordando a caminhada rumo aos cem anos de fundação da casa de formação, Padre Camilo enumerou os pensamentos que conduziram a festividade de 2024. “Primeiro, renovar a espiritualidade e a fé que Santo Antônio nos deixa como herança, o amor à Igreja, às Sagradas Escrituras e à família. Segundo, é o momento de a gente celebrar a cultura brasileira através das barraquinhas tradicionais das festas juninas. Nós queremos ser uma Igreja encarnada no mundo, e isso ajuda muito na formação dos seminaristas, futuros sacerdotes. E ainda queremos celebrar a família, o encontro, a capacidade de fazer amizades, construir relacionamentos positivos. Por isso a Festa Social do Seminário. Graças a Deus, tudo está fluindo bem”, contou o reitor.
Promessa a Santo Antônio
Entre os devotos que participaram da Missa da manhã, destacou-se João Lucas Silva Andrade, de 11 anos, cujas vestes recordavam a tradicional imagem de Santo Antônio. O menino, que fazia aniversário naquele dia, foi diagnosticado com autismo aos quatro anos de idade. Em entrevista, ele explicou a promessa feita pela mãe. “Desde que minha mãe descobriu o autismo ela fez uma promessa a Santo Antônio para poder tratar. No aniversário de quatro anos eu vim aqui na igreja e vesti de Santo Antônio para cumprir a promessa até os 18 anos.”
Edermara Aparecida Silva Neto falou da intercessão de Santo Antônio na criação do filho. “Ele é uma criança prematura; estava programado para julho ou agosto, mas nasceu antes, no dia de Santo Antônio. A gente foi levando uma vida normal, até que com dois anos começamos a investigar e com três anos e um pouquinho eu tive o diagnóstico de autismo. Já tinha a devoção e pedi para Santo Antônio interceder para que eu desse conta de criá-lo. Ele era uma criança bem difícil, tanto que a gente ficou um período sem conseguir ir à missa. Hoje nem se diz que ele tem algo! O laudo permanece, nós continuamos em tratamento, mas, na graça de Deus, com muita sabedoria que vem me dando, a gente conseguiu um desenvolvimento muito surpreendente dentro do quadro que ele tinha”, revelou a mãe de João Lucas.
Clique aqui e veja mais fotos da Missa celebrada na capela do Seminário.
Carreata e Missa na Catedral
Na tarde daquele dia, como acontece todos os anos, uma carreata saiu do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio em direção à Catedral Metropolitana. No caminho, Dom Gil abençoou pessoas, casas e hospitais com a relíquia do padroeiro da Arquidiocese, da cidade de Juiz de Fora, da casa de formação e da igreja-mãe.
Chamou a atenção do Arcebispo, durante todo o trajeto, a expressão de fé dos fiéis. “A relíquia que temos aqui é ex ossibus, de uma pequena parte dos ossos de Santo Antônio. É guardada com muita veneração, tanto no Seminário quanto na Catedral. Quando abençoamos as pessoas na rua, aquelas que estão nos prédios, que chegam nas janelas, todas fazem o sinal da cruz, às vezes agitam um pano branco, dão um aceno; são sinais de fé no coração dessas pessoas. A bênção com a relíquia de Santo Antônio significa o favor de Deus através desse santo intercessor para as pessoas que têm fé e certamente têm muitas necessidades espirituais ou até materiais na sua vida, mas que confiam em Deus.”
Durante todo a quinta-feira (13), foram celebradas oito missas na Catedral. A exemplo do Seminário, em todas elas os fiéis receberam os “pães de Santo Antônio”. “Queremos agradecer a Deus por este dia de Santo Antônio, com muita alegria acolhendo todas as pessoas que vieram celebrar conosco. Agradecer também o milagre do pão. Fizemos a campanha do pão de Santo Antônio no último mês e, graças a Deus, recebemos aqui a doação de mais de 30 mil pães. É o milagre atual de Santo Antônio em nossa vida, em nossa caminhada de fé. Faço um balanço muito positivo da nossa festa, agradecido a Deus por este dia maravilhoso em que celebramos a intercessão e a proteção de Santo Antônio”, comentou o Pároco, Padre João Paulo Teixeira Dias.
Acesse nossa galeria de fotos e confira mais imagens da celebração ds 16h, na Catedral.