Dom Gil e padres da Arquidiocese fazem visitas a famílias vítimas da tragédia de Brumadinho (MG)

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Cinco sacerdotes da Arquidiocese de Juiz de Fora dão continuidade, nesta segunda-feira (1º), à Missão Solidariedade Brumadinho. Os padres Welington Nascimento de Souza e Wesley Carvalho Neves viajaram nesta manhã para se juntarem aos padres Erélis Camilo Resende de Paiva, Emerson de Assis Braz e Fernando Augusto Martins da Silva.

Eles são acompanhados de perto pelo arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, que esteve no local na última sexta (29) acompanhado do Padre Antônio Camilo de Paiva e do diácono permanente Clesson Francisco Millen. O pastor retornou a Brumadinho nesse domingo (31) e lá permanece até esta terça-feira, 2 de abril.

*Da esquerda para a direita, Diácono Gilberto, Pe. Camilo, Dom Vicente, Dom Gil, Padre Renê e Diácono Clesson.

“A Arquidiocese de Juiz de Fora quer ser uma Igreja missionária e o apelo da solidariedade é também um apelo missionário. A gente quer aqui compartilhar, quer ajudar de alguma forma, quer ouvir, rezar com o povo de Brumadinho. Queremos ser, aqui, irmãos que dão as mãos para poder ajudar a estes nossos irmãos que sofreram tanto e estão sofrendo com este desastre, sem dúvida criminoso, um desastre que vem afetando a vida de tanta gente”, disse o arcebispo, ao reforçar o objetivo da missão.

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte e referencial para o Vale da Paraopeba, Dom Vicente Ferreira, agradeceu a iniciativa. “Somos a Igreja de Cristo, somos um corpo e aqui, mais precisamente, um povo bastante ferido. Tantos lares, tantas pessoas que estão precisando dessa presença fraterna. Como estamos atravessando um tempo quaresmal, tempo de conversão, de olhar para Cristo e ver uma nova forma de sociedade possível para o nosso Brasil, sobretudo para Minas Gerais, quero agradecer por esse sentido de solidariedade. A cada momento aparece uma demanda, uma situação, são feridas muito profundas no coração da nossa gente”.

*Cruzes, faixas e bandeiras na entrada da cidade demonstram tristeza e indignação da população

Segundo o pároco da Paróquia São Sebastião de Brumadinho, Padre Renê Lopes, a presença da Arquidiocese de Juiz de Fora e de outras igrejas particulares é um broto de esperança em meio à lama que invadiu a cidade e as vidas dos moradores. “É um broto de esperança quando nós podemos testemunhar essa atitude bonita da Arquidiocese de Juiz de Fora e de tantas outras que estão aqui conosco, vivendo conosco, celebrando conosco, sentindo o que nós estamos sentindo para poder dizer da Igreja que nós somos. Então agora não é a Arquidiocese de Belo Horizonte ou a de Juiz de Fora; mas é a Igreja de Jesus Cristo, abraçando aquilo que precisa ser abraçado, amparando aquele que precisa ser amparado, e dizer ‘estamos aqui’, estamos aqui para ser aquilo que o Cristo pede a cada um de nós”.

Em sua passagem pela cidade da região metropolitana de BH, Padre Camilo visitou a casa de Dona Ambrosina, que perdeu a filha e o genro no rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão. Ambos trabalhavam na Vale e deixaram gêmeos de apenas dez meses. A experiência, para ele, deixou clara a importância da Igreja na vida daqueles que perderam familiares e amigos na tragédia. “O quão importante é a fala da Igreja. Como nós temos uma autoridade espiritual sobre as pessoas. A nossa visita é insubstituível, porque a fala do padre ajuda as pessoas a resignificarem a vida e a refazerem aquilo que realmente está difícil. Que cada padre possa sentir que é muito amado pelo povo e por Deus, porque nós realmente fazemos a diferença quando nos entregamos à missão”.

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