Campanha da Fraternidade 2018 é apresentada à imprensa juiz-forana

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Na tarde da última sexta-feira, 9 de fevereiro, o prédio da Cúria Metropolitana recebeu representantes de diversos veículos de comunicação de Juiz de Fora em coletiva de imprensa sobre a Campanha da Fraternidade 2018. Neste ano, a iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) terá o tema “Fraternidade e superação da violência” e o lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 28,3).

A entrevista foi conduzida pelo arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, e contou com a presença do secretário executivo da coordenação de Pastoral Arquidiocesana, Padre Everaldo José Sales Borges, do vigário episcopal para Educação, Comunicação e Cultura, Padre Antônio Camilo de Paiva, do assessor eclesiástico da Pastoral Carcerária Arquidiocesana e coordenador no Regional Leste 2, Padre Welington Nascimento de Souza, e do assessor espiritual da Pastoral do Menor, diácono Carlos Henrique Rodrigues.

Um dos objetivos da campanha deste ano, segundo o texto-base produzido pela CNBB, é “construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência”. Em consonância com o documento, Dom Gil ressaltou que a CF propõe não só uma conversão pessoal – característica do Tempo Quaresmal -, mas também social. Pelo fato de a iniciativa reforçar um problema já abordado em outros anos, o arcebispo afirmou: “Este é um tema que será sempre retomado, porque a raça humana tem a tendência de cair no mal da agressividade e na ilusão de procurar a solução pela força. A proposta de Cristo para vencer a violência é justamente evitar qualquer de suas causas. A lei do amor ao próximo, a lei da renúncia. É preferível suportar a violência do que praticá-la”.

DSCN4109Através do tradicional método do “ver, julgar e agir”, a proposta da Campanha da Fraternidade 2018 inclui analisar a sociedade, buscar uma solução através daquilo que fala a Sagrada Escritura e colocar em prática medidas concretas a fim de solucionar o problema social que é a violência. O secretário-executivo da Pastoral Arquidiocesana, Padre Everaldo, destacou que o tema pode, e deve, ser discutido por toda a sociedade, independente de idade, classe social, raça e credo. “Como a função da Igreja é pastorear, guiar e ajudar a fazer o caminho segundo os valores e ensinamentos do evangelho, a campanha lança também uma série de materiais que podem ser usados em vários setores da Igreja e fora dela”.

“Neste ano, o manual da campanha tenta entrar nas entranhas da violência. O que o livro mostra, num aspecto de estudo profundo, com dados, é que a violência não tem um único ponto, mas está infiltrada nas diversas realidades da sociedade brasileira”, disse o Padre Antônio Camilo de Paiva.

Em sua fala, o Diác. Carlos Henrique apresentou a área de atuação da Pastoral do Menor, que possui trabalhos voltados a crianças e adolescentes com idades entre 7 e 18 anos e ainda realiza assistência religiosa dentro do Centro Socioeducativo Santa Lúcia. A pastoral também faz parte do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e sempre cobra o poder público sobre medidas que possam livrar os jovens da criminalidade e da violência. “Nós precisamos contar com a mobilização da sociedade como um todo e a Campanha da Fraternidade levanta essa bandeira, ajudando a enxergar as causas e consequências da violência e onde temos que mexer para mudar o quadro”.

Padre Welington, responsável pela Pastoral Carcerária na Arquidiocese de Juiz de Fora e também no Estado de Minas Gerais, falou sobre a violência nos ambientes prisionais. “Aqui nós temos essa mentalidade: achar que vamos resolver a violência prendendo pessoas. Mas o encarceramento em massa não gerou melhora na segurança pública, pelo contrário. Os índices de violência nesses últimos anos vêm aumentando gicantescamente, vitimando, sobretudo, as pessoas mais simples, da periferia. Fica evidente que encarcerar não significa pôr fim a tanta violência, pois infelizmente o Estado não cria estruturas que contribuam para a ressocialização da pessoa encarcerada”.

A Campanha da Fraternidade deste ano nos convoca a viver a prática de Jesus no exercício dos pequenos gestos e lembra que a lógica do amor é o único instrumento eficaz diante das ações violentas. O texto-base produzido pela CNBB ainda completa: “A CF 2018 nos provoca a sermos construtores da paz e gestores da fraternidade. Superar a violência é tarefa de todo cristão, pois recebemos o mandamento do amor como vocação e missão. Fomos em Cristo adotados como filhos e filhas, recebemos a dignidade filial (Gl 4,5). Superamos a violência quando fomos tomados pela paternidade de Deus e pela filiação em Jesus. Em Cristo, somos todos irmãos”.

A Campanha da Fraternidade 2018 será oficialmente lançada em Juiz de Fora no dia 14 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, às 19h, na Catedral Metropolitana. A celebração será presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Gil. O mesmo acontecerá em todas as catedrais do Brasil, pelos bispos, e nas demais paróquias do país. A iniciativa é enfatizada durante toda a Quaresma, até o Domingo de Ramos, 25 de março, mas se estende durante todo o ano.

Outras informações:
Assessoria de Comunicação Arquidiocese de Juiz de Fora: (32) 3229-5450

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