A segunda parte da votação da tradução do Missal Romano abriu as atividades dessa quarta-feira, 31 de agosto, durante a 59ª Assembleia Geral da CNBB. O primeiro bloco da votação ocorreu na segunda-feira, dia 29. Essa parte compreendia as orações eucarísticas e as orações sobre o povo.
Nesta segunda etapa de votação, os membros da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel) deram retorno ao episcopado brasileiro a partir das contribuições recebidas pela Comissão. Termos gramaticais foram corrigidos em algumas páginas e outras partes do texto reconsideradas. “O missal fez um longo caminho, mas com muitas contribuições a partir das sugestões que vocês fizeram”, afirmou dom Edmar Peron, presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB.
Na ocasião, foi apresentada a proposta de diagramação. “Nós modificamos a apresentação para que tudo esteja em uma só página”, explicou dom Edmar Peron. “Da nossa parte as poucas mudanças que foram apresentadas serão incorporadas ao texto já diagramado pela Edições CNBB. Agora, é concluir as considerações, passar o texto à Editora da CNBB e só depois enviar para a Santa Sé”, explicou.
Na sequência, a votação foi realizada em cédulas e os bispos deveriam marcar as opções – Sim; Não ou Abstenção. Dos 292 votantes presentes na sessão, eram necessários 215 votos positivos para a aprovação. 269 bispos aprovaram a tradução do texto. Houve 6 abstenções e 3 votos negativos.
Estudo 114
A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB também voltou a apresentar, na manhã de quarta-feira, as alterações feitas ao texto de Estudos 114 da CNBB, sobre a Animação Bíblica da Pastoral. Tais modificações foram realizadas a partir das sugestões realizadas pelo episcopado, mas ainda precisarão ser aprovadas pelos bispos para que o texto se torne um Documento da CNBB.
A Comissão para o texto recebeu contribuições que foram quase “inteiramente” acolhidas e integradas, explicou dom José Antônio Peruzzo, presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
Bispos Brasileiros instituem formação para Ministério dos Catequistas
O encontro anual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tratou do ministério instituído dos catequistas na plenária de quarta-feira, dia 31. Em coletiva de imprensa, realizada no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, dom Waldemar Passini Dalbello, bispo de Luziânia (GO) e membro da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, afirmou que o tema estudado e aprovado pelos bispos é muito importante à vida das comunidades, pois “os catequistas são muito importantes em nossas comunidades e têm papéis diferenciados nos países e regiões do mundo”.
Ele destacou que ao proporcionar um itinerário de formação aos catequistas brasileiros, a CNBB “responde à solicitação do Papa Francisco na Carta Apostólica Antiquum Ministerium”. No texto, o Sumo Pontífice pede às conferências episcopais do mundo todo que orientem um processo de formação aos candidatos que irão receber este ‘antigo ministério’ eclesial de catequistas.
Deste modo, ao explicar que no Brasil os catequistas atuam em conjunto com os ministros ordenados, dão uma “excelente contribuição no processo de iniciação à vida cristã”. Dom Waldemar disse aos jornalistas que a partir de um ensaio apresentado aos bispos, a AG aprovou um caminho formativo que ajudará as dioceses na compreensão da vocação de cada candidato ao ministério proposto.
“Pensamos em um período para o discernimento que proporcionará uma formação humana, comunitária, espiritual, doutrinária, teológica e pastoral-missionária. No conjunto, estabelecemos uma etapa de cinco anos”, evidenciou o bispo goiano ao salientar que o tempo pensado pelo episcopado oferecerá uma visão orgânica da pastoral para que os candidatos ao ministério possam abraçar com responsabilidade a missão que Deus quer confiar a eles.
Bispos retomam reuniões por regionais
Uma experiência já de longa data nas Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) retornou na quarta-feira (31). Os momentos de trabalho em grupo são realizados novamente, desta vez presencialmente, após dois anos apenas por videoconferência. O tema em questão foi a recepção das atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) no âmbito de cada regional e as contribuições para o debate do tema central desta 59ª Assembleia Geral, “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão”.
“A possibilidade de nós dialogarmos como as Diretrizes foram acolhidas em nossas dioceses é uma oportunidade também para avaliar como está esse caminho iniciado lá atrás, em 2019. E o fato de podermos, no encontro corpo a corpo entre nós bispos, certamente facilita esse diálogo”, explicou o arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spengler. Ele pontua ainda que a experiência on-line ajuda, mas “o presencial faz a diferença”.
*Fonte: Site da CNBB