Paróquia São Mateus mantém tradição e celebra Ofício das Trevas na Quarta-feira Santa

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Na noite da Quarta-feira Santa foi celebrado, na Paróquia são Mateus, o Ofício de Trevas. Esta é uma antiga tradição da Igreja, que vem sendo resgatada pela paróquia da região central. O momento de oração foi presidido por Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo Metropolitano, concelebrada pelos padres Geraldo Dondici Vieira, pároco do local, e Tarcísio Mariano Lopes. O momento contou com o auxílio dos diáconos Celso Aparecido rodrigues Melo e Luiz Antônio Cunha.

Dezenas de fiéis compareceram para esta atividade litúrgica, que neste ano contou com o auxílio especial do coral São Mateus, que contribui cantando na cerimônia. O regente do coral, Victor Leite, é o responsável por criar as melodias dos salmos e lamentações rezados. Em entrevista, ele contou o motivo deste trabalho. “Quando trouxeram o texto do oficio para a Igreja São Mateus, nós não tínhamos referências musicais dele e tudo que buscávamos era muito alegre, que não era muito contextualizado com o sentimento, com o estilo da cerimônia, então eu tive que criar para entrar dento do contexto, de acordo com o sentimento do ofício que é mais relacionado a morte de Cristo”, explicou Victor.

O Oficio de Trevas é um canto de salmos, com orações e leituras bíblicas que ajudam a introduzir o povo no mistério da Paixão e Morte de Cristo. A celebração é realizada com um candelabro com 15 velas que são apagadas à medida que são rezados os salmos, sobrando somente a última do vértice que é aquela que representa Jesus ressuscitado.

A última vela permanece acessa. Ela representa Cristo Ressuscitado.

Segundo Dom Gil, o intuito do momento de oração é emergir na paixão de Cristo, sem grande tristeza, mas com a certeza da vitória sobre as trevas. “A paixão do Senhor é uma imersão no sofrimento de Cristo, mas não um sofrimento desesperador, é um sofrimento que resultará na vitória da Ressuscitado e isso é que é celebrar os mistérios de Cristo.   Então, celebramos esse oficio no sentido de participar dos sofrimentos de Cristo para que com ele ressuscitemos”.

Ao final, quando restou apenas uma vela, as luzes da Igreja São Mateus se apagaram e os fiéis tiveram um breve momento de meditação.

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