O Santo Padre, Papa Francisco, rezou a tradicional oração mariana do Angelus no último domingo (24), na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O ponto central da reflexão do Pontífice foi inspirado na narrativa de Mateus (20, 1-16) sobre o proprietário da vinha que paga o mesmo valor aos trabalhadores contratados em diferentes horas do dia, o que é considerado injusto pelos que foram contratados primeiro e trabalharam mais.
Francisco explica ainda no início que “a parábola não deve ser lida por meio de critérios salariais; mas sim, quer mostrar os critérios de Deus, que não faz cálculos dos nossos méritos, mas nos ama como filhos.”
Então chama atenção para duas ações divinas da narrativa. A primeira delas, Deus que sai a qualquer hora para nos chamar, destacando assim que não são apenas os homens que trabalham, mas “sobretudo Deus, que sai sempre, sem se cansar, o dia inteiro”:
“Deus é assim: Para o seu coração nunca é tarde, Ele nos procura e nos espera sempre. Não esqueçamos disso: o Senhor nos procura e nos espera sempre”, disse.
Francisco chega então à segunda ação divina: precisamente porque Deus é tão generoso, ele retribui a todos com a mesma “moeda”, que é o seu amor. E o sentido último da parábola é esse: os trabalhadores de última hora são pagos como os primeiros porque, na realidade, aquela de Deus é uma justiça superior, vai além:
“A justiça humana diz para ‘dar a cada um o que merece’, enquanto a justiça de Deus não mede o amor na balança dos nossos rendimentos, dos nossos desempenhos ou dos nossos fracassos: Deus nos ama e basta, ama-nos porque somos filhos, e o faz com amor incondicional, um amor gratuito”, refletiu o Papa.
O Papa então propõe que nos perguntemos:
“Eu cristão, eu cristã, sei ir em direção aos outros? Sou generoso, sou generosa com todos, sei dar aquele “a mais” de compreensão, de perdão, como Jesus fez comigo e faz todos os dias comigo?”, pontuou.
Que Nossa Senhora, disse ao concluir, “nos ajude a converter-nos à medida de Deus, à de um amor sem medida“.
Fonte: Site Vatican News