Papa: paz, liberdade e plenitude de vida a quem acolhe o reino de Deus

Papa Francisco da janela do apartamento pontifício saúda os fiéis na Praça São Pedro (ANSA)
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no email

“O reino de Jesus não é deste mundo, é um reino de amor que não é alcançado por meios humanos. Seu pedido hoje, é deixarmos que Ele se torne nosso rei. Mas Jesus somente poderá dar um novo sentido à nossa vida, com a condição de que não sigamos as lógicas do mundo e de seus ‘reis’”.

Senhor da história e de toda a criação

O Papa Francisco começou explicando aos 25 mil fiéis e turistas presentes na Praça São Pedro, em um dia chuvoso, que a Solenidade de Jesus Cristo Rei do universo, celebrada nesse domingo (25), “é colocada no final do ano litúrgico e recorda que a vida da criação não avança por acaso, mas prossegue em direção a uma meta final: a manifestação definitiva de Cristo, Senhor da história e de toda a criação. A conclusão da história será o seu reino eterno”.

A alocução do Santo Padre é inspirada na passagem do Evangelho de São João (Jo 18, 33b-37) proposto pela liturgia do dia, que relata “a situação humilhante em que Jesus encontrou-se depois de ter sido preso no Getsêmani: amarrado, insultado, acusado e levado perante as autoridades de Jerusalém”.

É apresentado à autoridade romana como alguém que atenta contra o poder político para se tornar rei dos judeus. Em um “interrogatório dramático”, por duas vezes Pilatos o questiona se é um rei. Primeiro Jesus responde que seu reino “não é deste mundo” e depois: “Tu o dizes: eu sou rei”.

Jesus não tinha ambições políticas, observa o Papa, recordando que após o milagre da multiplicação dos pães o povo queria proclamá-lo rei “para derrubar o poder romano e restaurar o reino de Israel”, mas “Ele retira-se para a montanha para rezar”.

Poder do amor

O reino para Jesus – explica Francisco – “é outra coisa, e não se realiza, certamente, com a revolta, a violência e a força das armas”. Como disse a Pilatos, “se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus”:

“Jesus quer deixar claro que acima do poder político existe outro muito maior, que não é alcançado por meios humanos. Ele veio à Terra para exercer esse poder, que é amor, dando testemunho da verdade. Trata-se da verdade divina que, em última análise, é a mensagem essencial do Evangelho: ‘Deus é amor’ e quer estabelecer no mundo o seu reino de amor, de justiça e de paz”.

E este – reitera o Pontífice – “é o reino do qual Jesus é o rei, e que se estende até o fim dos tempos”. Como a história nos ensina – recordou o Papa – “os reinos fundados no poder das armas e na prevaricação são frágeis e, mais cedo ou mais tarde, caem”. “Mas o reino de Deus é fundado no amor e se enraíza nos corações, dando àqueles que o acolhem paz, liberdade e plenitude de vida”.

“Todos nós queremos paz, todos nós queremos liberdade e queremos plenitude. E como se consegue isso? Deixe que o amor de Deus, o reino de Deus, o amor de Jesus se enraíze em seu coração e terás paz, terás liberdade e terás plenitude”.

Deixar Jesus ser nosso rei

 Jesus hoje nos pede para deixar que Ele se torne nosso rei: “Um rei que com sua palavra, seu exemplo e sua vida imolada na Cruz nos salvou da morte, e indica – este rei – o caminho para o homem perdido, dá nova luz à nossa existência marcada pela dúvida, pelo medo e pelas provações do dia-a-dia”.

Mas não devemos esquecer – disse Francisco – que o reino de Jesus não é deste mundo: “Ele poderá dar um novo sentido à nossa vida – às vezes colocada à dura prova também por nossos erros e pecados – somente com a condição de que nós não sigamos as lógicas do mundo e de seus ‘reis’”.

Que a Virgem Maria – disse o Papa ao concluir – nos ajude a acolher Jesus como o rei da nossa vida e a difundir o seu reino, dando testemunho da verdade que é amor.

*Fonte: Site do Vatican News

Veja Também