Padroeira do Brasil é celebrada em meio a restrições impostas pela pandemia

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Em 2020, os devotos de Nossa Senhora Aparecida foram obrigados a comemorar a Padroeira do Brasil de uma forma diferente: devido à pandemia de Covid-19, as multidões comumente vistas nas Missas do dia 12 foram substituídas por celebrações com número limitado de pessoas e distanciamento social. Na paróquia localizada no Bairro Nossa Senhora Aparecida, em Juiz de Fora, por exemplo, cerca de 900 pessoas participaram dos cinco horários de missas oferecidos, com ocupação do interior da igreja e do pátio. Nos anos anteriores, esse número chegou a 30 mil.

Como de costume, a última celebração do dia foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira. Ele ressaltou que, mesmo com as limitações impostas pelo novo coronavírus, os brasileiros não deixaram de demonstrar o seu amor por Maria. “Neste momento, nós reunimos a devoção, o amor, o entusiasmo do povo pela Mãe de Deus, pedindo a sua proteção. A reunião do povo é para louvar a Deus, para agradecer por nos ter dado o Seu Filho, para morrer na cruz, e além disso a Sua Mãe, para cuidar de nós. Mesmo aqueles que estavam em casa acompanharam pelas redes sociais”, afirmou.

Durante a homilia, o Pastor apontou dois pedidos principais à Padroeira do Brasil. “Primeiro, pelo fim da pandemia, para que no ano que vem possamos celebrar com a exuberância de costume esta festa de Nossa Senhora. Que todos fiquem livres, portanto, dos perigos e dos males que nos ameaçam. O segundo pedido é pelo Brasil, nesta época de eleições municipais, para que sejam eleitas pessoas honestas, sempre afinadas com o plano de Deus. Nossa Senhora Aparecida seja a nossa eterna intercessora, como foi nas Bodas da Caná”, finalizou o Arcebispo.

O Administrador Paroquial, Padre Carlos José Arlindo Silva, que concelebrou com Dom Gil, contou que estava inseguro com a postura da população frente às restrições das missas presenciais. “Ficamos um pouco preocupados. Muitas pessoas não conseguiram fazer inscrição, então nós ficamos com um certo receio de elas virem, mas não. Graças a Deus, fazendo uma análise bem rápida, conversando com um ou outro, tudo correu na maior tranquilidade de fé e esperança. A comunidade que sempre vem aqui, todos os anos, compreendeu o recado e nos ajudou”. Todas as Missas foram transmitidas pelo Facebook e YouTube da paróquia. “Basta saber que, mesmo estando em casa, aquele que tem fé e se fizer oração profunda consegue e alcança a vitória e a graça”, disse Padre Carlos Arlindo.

A última missa do dia marcou o retorno da comunidade surda à Matriz Nossa Senhora Aparecida, com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para presentes e espectadores.

Catedral Metropolitana

Na Catedral Metropolitana de Juiz de Fora, também foram realizadas, neste 12 de outubro, cinco missas. A celebração do meio-dia, presidida por Dom Gil, que costuma contar com a presença de centenas de motociclistas, este ano recebeu menos pessoas, mas a tradicional entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida em cima de uma moto não deixou de acontecer. A escolha pela não divulgação da motociata foi feita para evitar aglomerações.

Em entrevista, o Arcebispo de Juiz de Fora enalteceu a presença sempre marcante dos motociclistas, mesmo que em menor número, e falou sobre o tema da Novena da Padroeira. “Este ano a novena versou sobre a importância da família. Isso é muito fácil de a gente tratar na festa de Nossa Senhora, porque ela é nossa Mãe; nós somos uma família, nos dá uma consciência de sermos irmãos, família de Deus. O que a gente pede à Nossa Senhora é que todas as famílias sejam abençoadas, para que o mal ali não penetre; as crianças possam crescer como pessoas dignas, como filhos de Deus, e que reine em cada lar a paz, a harmonia, o amor que Jesus Cristo deseja e veio trazer para nós”.

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