Nota de falecimento: Dom Geraldo Lyrio Rocha, Arcebispo Emérito de Mariana (MG)

*Imagem: Site da CNBB

A Diocese de Xingu-Altamira (PA) comunicou, na madrugada desta quarta-feira, 26 de julho, o falecimento do Arcebispo Emérito de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha. Ele viajou à Xingu-Altamira no último domingo (23), para orientar o retiro espiritual dos padres da diocese. Contudo, sofreu uma queda, fraturou o fêmur e precisou ser hospitalizado. Às 00h15 desta quarta-feira, em função de uma parada cardiorespiratória, faleceu santamente, segundo informou o comunicado da Diocese de Xingu-Altamira.

Em mensagem, o Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, lamentou a notícia. “Enviamos ao caro irmão, Dom Airton José dos Santos, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Mariana, ao clero e a todo o povo que peregrina naquela Igreja Particular, nossos sentidos pêsames e o sinal de nossa união de preces neste momento de dor e separação, unidos também na ação de graças por tudo o que Dom Geraldo Lyrio Rocha fez em prol da Igreja do Brasil, sobretudo em Minas e no Espírito Santo. Sua Páscoa Definitiva é um testemunho de sua fé na Igreja, na vida e na ressurreição. RIP”, escreveu o Pastor Arquidiocesano.

O velório de Dom Geraldo teve início às 6h, na Catedral de Altamira (PA). Às 8h foi celebrada uma missa de corpo presente e, em seguida, o corpo foi transladado para a cidade de Vitória (ES). Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento, que irão ocorrer na Arquidiocese de Mariana (MG).

Trajetória episcopal

Dom Geraldo Lyrio Rocha foi nomeado arcebispo metropolitano de Mariana pelo Papa Bento XVI, aos 11 de abril de 2007, tendo tomado posse da Arquidiocese aos 23 de junho de 2007. Adotou como lema episcopal: “Opus Fac Evangelistae” – Faze a obra de um evangelista.

A trajetória episcopal de dom Geraldo – nascido em 14 de março de 1942, em Fundão (ES) – começou na Arquidiocese de Vitória (ES), onde foi bispo auxiliar (1984-1990). Também foi bispo de Colatina (ES), de 1990 a 2002, e arcebispo de Vitória da Conquista (BA), entre 2002 e 2007.

Além da presidência da CNBB (2007 a 2011), dom Geraldo foi responsável pela Liturgia, fou membro do Conselho Econômico e do Conselho Permanente. Atualmente, fez parte da Comissão Episcopal para a Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel) e da Comissão Especial para a Causa dos Santos.

No Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), foi membro do Departamento de Liturgia em duas ocasiões (1987-1991 e 1995-1999) e presidente deste mesmo organismo, entre 1999 e 2003. Foi segundo vice-presidente do conselho e delegado da CNBB junto ao colegiado latino-americano (2011-2015).

Também foi delegado da CNBB à Conferência de Santo Domingo (1992); membro ex officio da Conferência de Aparecida (2007). Dom Geraldo ainda foi eleito pela CNBB para os Sínodos: para a América (1997), sobre a Eucaristia (2005), sobre a Palavra de Deus (2008) e sobre a Nova Evangelização (2012). Foi membro da Pontifícia Comissão para a América Latina (2009-2014).

O pedido de renúncia de dom Geraldo foi aceito pelo Papa Francisco no dia 25 de abril de 2018, de acordo o Código de Direito Canônico, que determina o pedido após o prelado completar 75 anos. Em sua emeritude, dom Geraldo continuou contribuindo e participando ativamente da vida da CNBB e da Igreja.

Na última Assembleia Geral da CNBB, a 60ª, realizada em abril deste ano, dom Geraldo fez uma memória das sessenta edições da Assembleias da CNBB. Em suas palavras,  as assembleias têm uma longa história marcada pelo clima de ação de graças. “Nesses anos, mudou a fisionomia da conferência, o modo de tratar as questões, os meios, que foram aperfeiçoados e facilitam o trabalho, fala dom Geraldo. “[Mudaram] coisas acidentais. E o que permanece: o essencial. Há uma linha condutora que marca todas as assembleias, e que se chama comunhão eclesial”, disse.

Dom Geraldo foi eleito pelos bispos do Brasil, na 60ª AG CNBB, junto a outros quatro bispos, para representar o episcopado do país no Sínodo sobre Sinodalidade, em outubro, no Vaticano.

*Com informações do site da CNBB

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