Ao celebrar o Dia de Nossa Senhora do Carmo no último domingo, dia 16 de julho, a jovem Marcela Kamiroski Melo fez os votos perpétuos como Virgem Consagrada Diocesana. Ela foi consagrada em 2020 e, depois de dois anos renovando seu propósito de castidade, deu o “sim” definitivo em rito presidido pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira.

A missa foi concelebrada pelo vigário paroquial da Catedral, Padre Danilo Celso de Castro, e pelos padres Renato Alves Rodrigues e Ronny Pereira, FAM. Este veio a Juiz de Fora especialmente para participar da celebração, pois acompanhou os primeiros passos vocacionais de Marcela.

Dom Gil destacou a ligação entre o Evangelho do dia e os votos da jovem. “Neste 15º Domingo do Tempo Comum, quando a liturgia nos apresenta a Parábola do Semeador, refletindo que a semente é Cristo que cai na terra boa que O acolhe, nós celebramos na Catedral de Juiz de Fora a consagração virginal da jovem Marcela, que se preparou vários anos para ser Virgem Consagrada Diocesana.”

Para Marcela – que demonstrava em seu rosto alegria e um pouco de ansiedade pelo passo tão importante em sua vida vocacional -, esse foi um momento de celebrar com a comunidade paroquial da Catedral, e também com toda a Arquidiocese de Juiz de Fora, os votos perpétuos na Ordem das Virgens Diocesanas. “Com muita alegria, após um longo percurso de discernimento e de renovações, chegou o dia do ‘sim’ para sempre. Estou muito feliz e agradecida ao Senhor Deus por tudo o que Ele faz em nossas vidas”, ressaltou Marcela.

Sirlei Terezinha Kamiroski Melo manifestou sua satisfação em poder acompanhar de perto, juntamente com toda a família, o processo vocacional da filha. “É um dia muito especial para nós, como família, em que estamos todos reunidos para este grande momento. Marcela, desde pequenininha, demonstrou e buscou muito esse amor [do Senhor] e hoje é um sonho [realizado], é Deus coroando mesmo. Eu só tenho a agradecer muito a Deus, a Nossa Senhora, a Jesus Cristo, que sempre caminharam com a gente.”

Vocações na Arquidiocese

Dom Gil esclareceu que esta não é a primeira experiência da Arquidiocese. “Já no tempo de Dom Geraldo Maria de Morais Penido, a 40 anos atrás, após o Concílio Vaticano II, várias jovens foram consagradas e algumas delas hoje já são idosas e permanecem servindo à Igreja. É uma consagração bonita, que existe na Igreja desde o princípio, mas foi revalorizada pelo Concílio”, apontou.

A mais antiga virgem consagrada da Arquidiocese de Juiz de Fora, Magali Maria Pereira, falou, em entrevista à WebTV “A Voz Católica” que ser virgem consagrada é um ato de doação, de entrega a Deus e serviço aos irmãos. “Vivemos com os nossos familiares, somos responsáveis pelo nosso sustento e devemos obediência ao bispo; aonde ele nos chamar nós estamos prontas, de acordo com a nossa possibilidade e capacidade para servir.”

Com entusiasmo, o Arcebispo de Juiz de Fora falou sobre as novas vocações para a Arquidiocese. “Certamente virão novas jovens também para consagrarem suas vidas perpetuamente a Deus a serviço da Igreja Particular. Agradeço a Deus pela vocação da Marcela e peço a Ele que abençoe a consagrada, a fim de que ela seja sempre fiel aos compromissos que assumiu no dia de hoje.”

O Arcebispo destacou, ainda, o Dia de Nossa Senhora do Carmo. “Não deixamos de recordar Nossa Senhora como aquela terra fértil que recebeu a semente do alto, o Verbo Encarnado, e essa terra produziu frutos: e Jesus continua amado, continua adorado e propagado pela Igreja, também através das virgens consagradas.”

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*Texto e fotos: Assessoria de Comunicação da Catedral Metropolitana