“Momento de crescer na fraternidade eclesial”, diz Dom Gil sobre Reunião do Clero festiva

Na terça-feira (22), dia em que a Igreja celebrou Nossa Senhora Rainha, o prédio da Cúria Metropolitana recebeu padres e diáconos para uma Reunião do Clero festiva, em alusão ao Mês Vocacional. Durante todo o dia, no Auditório Mater Ecclesiae, os religiosos tiveram formações e foram atualizados sobre o calendário arquidiocesano e outros temas importantes.

O Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, esteve presente e, em entrevista, ressaltou o caráter especial do encontro do mês de agosto. “Tantos são os assuntos que nós temos nas paróquias! Nossa Arquidiocese é muito viva na vida pastoral, por isso essa vitalidade exige de nós muita união e muita partilha. Também é um momento feliz de encontro: os padres estão espalhados pelas 91 paróquias, em 37 cidades diferentes, então neste momento se encontram como irmãos. É um momento de muita alegria, muita confraternização, momento de crescer nessa fraternidade eclesial, presbiteral, diaconal”, afirmou.

A primeira formação do dia foi ministrada pelo Padre Geraldo Dondici Vieira, que abordou a Carta aos Efésios, tema do Mês da Bíblia, celebrado em setembro. “Bênção é uma realidade muito importante: os judeus já tinham 18 bênçãos que eles rezavam todos os dias; essa bênção é a redenção, a espera do Messias, a paz, a cura, o perdão. Mas essas bênçãos eram de promessas, esperanças longínquas. Jesus realizou essas bênçãos, então, São Paulo, nessa carta, apresenta agora 20 bênçãos, a plenitude das bênçãos, as bênçãos sem medida. Estas bênçãos nos constituem gente nova em Jesus Cristo”, explicou Padre Dondici. “Que seja um momento bonito o mês de setembro, em que celebramos São Jerônimo, santo que lutou para que nós tivéssemos um bom texto. Em homenagem a ele vamos ainda mais estudar, ler, amar, honrar e louvar a Palavra de Deus que está na Sagrada Escritura”, conclamou o sacerdote.

Em seguida, os padres e diáconos presentes tiveram mais informações sobre o 3º ano Vocacional da Igreja no Brasil. O responsável pelas considerações foi o Padre Miguel Souza Lima Campos. “Foi um momento importante poder passar um pouquinho sobre o texto-base, aquilo que a Igreja tem nos orientado em relação às vocações, ao discernimento, ao acompanhamento de jovens, de famílias, estimulando todos a uma cultura vocacional em nossas paróquias. Que nós possamos atender ao convite que é da Igreja, do Papa Francisco, de voltarmos a pensar nas nossas vocações, aprofundar-nos nessa espiritualidade, mas também rezar por todas as vocações da nossa Igreja”, pediu Padre Miguel.

O terceiro momento formativo foi ministrado pelo Padre Leonardo José de Souza Pinheiro, que falou sobre a recepção da Terceira Edição do Missal Romano pelas (arqui)dioceses do Brasil. “Em dezembro vamos iniciar a utilizá-lo obrigatoriamente, no Primeiro Domingo do Advento, dia 3 de dezembro. “Continuei a trabalhar com eles, bem sucintamente, a parte inicial da Instrução Geral do Missal Romano, sobretudo aquela que trata da fé e da tradição da Igreja inalteradas, da passagem do que chamamos o ‘Missal de Paulo VI’ em relação ao Missal precedente, de Pio V. Também apresentamos alguns pontos que, às vezes, se tem dúvidas e questionamentos, como a concelebração, quando todo o clero está reunido junto com o bispo”, contou o sacerdote.

Na parte da tarde, parte das comunicações tratou sobre o calendário para 2024, que será Ano Eucarístico e quando será celebrado o Centenário Diocesano. Também estiveram na pauta assuntos econômicos, a Pastoral do Dízimo, as próximas ordenações presbiteral e diaconal e o Retiro do Clero do próximo ano, entre outros tópicos.

Momento de fraternidade

Quando perguntados sobre o sentido da realização da Reunião do Clero dentro do Mês Vocacional, as respostas foram quase que unânimes. “Cada um de nós somos chamados à vocação que é batismal, mas há as vocações específicas: a vocação familiar, a vocação dos leigos e nós, aqui, a vocação sacerdotal. Especialmente neste Mês Vocacional, nós nos encontramos com os outros padres que são nossos amigos, mas que também vivem esta mesma vocação. É um momento que é de convivência, de fraternidade, mas também em que nós somos reabastecidos, revigoramos a nossa fé, revigoramos a nossa unidade com o nosso arcebispo, a unidade uns com os outros”, apontou Padre Miguel.

Já Padre Leonardo afirmou que não existe um padre sozinho, isolado, independente, autônomo. “É sempre muito importante lembrar que todo padre é inserido dentro de um presbitério. Aliás, toda vocação a gente exerce em comunhão com a Igreja, porque é a Igreja que chama, é a Igreja que prepara, é a Igreja que motiva e é a ela que, na vocação, nós estamos servindo também. Então, é uma alegria estar junto com os irmãos padres; isso motiva, enriquece, saber que sou um no meio de um todo”, revelou.

Para Padre Dondici, o encontro também serviu para um agradecimento ao dom da vocação. “Voltando à Carta aos Efésios, Paulo nos chama de herdeiros; clero é o herdeiro. Por causa do sacerdócio instituído, consagrado, nós representamos essa herança, então é muito bom estarmos aqui juntos, tecendo mais esta comunhão que nós precisamos, pela força do Espírito Santo, demonstrar, apresentar no mundo e na nossa diocese.”

A última Reunião do Clero de 2023 está agendada para o dia 24 de outubro.

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