Jovens saem de Centro Socioeducativo para catequese em paróquia de Juiz de Fora

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Na última terça-feira (11), a Pastoral do Menor Arquidiocesana deu início a um projeto sem precedentes em nossa Igreja Particular: levar os adolescentes que estão cumprindo medida de internação no Centro Socioeducativo Santa Lúcia, em Juiz de Fora, a aulas de Catequese na Paróquia São João Paulo II. Ao trabalho de evangelização já feito dentro da própria unidade, agora será adicionada a possibilidade de os garotos conviverem com a comunidade de fé.

O primeiro encontro catequético envolveu três adolescentes que, semanalmente, nos próximos seis meses, serão levados à Matriz Nossa Senhora Aparecida para receberem os ensinamentos das catequistas da paróquia. Os momentos formativos ocorrerão sempre às terças-feiras, a partir das 15h.

Muitas pessoas estiveram presentes para o início do projeto, entre elas, o administrador paroquial, Padre Laureandro Lima da Silva. O sacerdote contou que toda a comunidade se abriu para acolher os meninos em um processo que apontou como de reciprocidade e aprendizado para ambos os lados. “Para nós é um momento particular. Nós vamos trabalhar com eles questões ligadas à evangelização, à catequese, e a gente percebe que estaremos também aprendendo com eles. Queremos ajudá-los dentro das nossas possibilidades”.

Segundo a coordenadora da Pamen Arquidiocesana, Alessandra Cristina de Castro, a iniciativa partiu dos próprios adolescentes e auxiliará em sua ressocialização. “Atendendo ao apelo do Papa Francisco, que nos pede uma Igreja em saída, rumo às periferias existenciais, a Pastoral do Menor, em parceria com a Catequese da Paróquia São João Paulo II, se alegra em poder propiciar a preparação e receptação dos Sacramentos de Iniciação Cristã na vida destes jovens, tendo em vista que eles exigem um processo sério e permanente de formação”.

O diretor-geral do Centro Socioeducativo Santa Lúcia, Osnerio Abreu, ressalta que a medida socioeducativa não só autoriza, como pede, a relação dos jovens com a religião. “A proximidade com a família, escola e espiritualidade vai dar uma orientação para que eles cresçam na fé e busquem a Deus, que faz muita falta para a vida da gente”.

Um dos três adolescentes a receber a Catequese esta semana, de 16 anos, agradeceu a chance de sair da unidade. “É bom pegar firme com Deus, fazer Primeira Comunhão, aprender muitas coisas sobre Jesus, que só Ele pode o impossível na nossa vida. Ficar tranquilo, seguir no caminho de Deus, é o que resta para nós. Continuar naquela vida não vai ser o melhor”.

Para Adriana Fernandes Balbi, agente da Pastoral do Menor e coordenadora responsável pela catequese, esta missão é uma oportunidade de exercer os valores cristãos. “A paróquia está se empenhando e a nossa missão aqui é ser como formiguinha, beija-flor: o pouquinho que Deus tocar no coração desses meninos, sendo nós os instrumentos, é uma riqueza muito grande para a gente”.

A princípio, foram três os adolescentes que ensejaram a assistência religiosa, mas o diretor do Centro Socioeducativo já informou à coordenação da Pamen que outros jovens despertaram a vontade de fazer a Catequese.

*Fotos cedidas pela coordenação da Pastoral do Menor.

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