Jovem afirma: “o leigo comprometido é um cristão por excelência!”

Foto: Arquivo Pessoal Jean Christian
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O Mês de Agosto está chegando ao fim e a Igreja no Brasil procurou, das mais variadas formas e ações, refletir, celebrar e rezar pelas diversas vocações. Nesta última semana, estará em evidência a vocação do leigo, com a celebração, em especial, do Dia do Catequista neste domingo (28).

Os leigos são cristãos que têm uma missão especial na Igreja e na sociedade. Pelo Batismo, receberam essa vocação que devem viver intensamente a serviço do Reino de Deus. Na Igreja, existem as diversas vocações: a sacerdotal, a diaconal, a religiosa e a leiga. Todas são muito importantes, pois brotam do Batismo, fonte de todas as vocações.

Dentro da comunidade eclesial, “os leigos encontram-se na linha mais avançada da vida da Igreja”, enfatizou o Papa Francisco em sua intenção de oração em maio de 2018. “Demos graças pelos leigos que arriscam, que não têm medo e que oferecem razões de esperança aos mais pobres, excluídos e marginalizados”, disse. Eles estão no coração do mundo e têm um papel chave para transformar a sociedade. Por isso, são chamados a colaborar no governo paroquial e diocesano, participando de conselhos pastorais e econômicos.

A missão começa na vida

Apesar desses serviços que desempenham na comunidade eclesial, a missão mais importante dos leigos é no mundo. Eles são chamados a realizar sua missão dentro das realidades nas quais se encontram no cotidiano. Nos mais variados espaços como família, trabalho, escola, política e cultura, assim como nos meios de comunicação, são chamados, como cristãos, a testemunharem pela palavra e pela vida a mensagem de Jesus Cristo.

Os documentos eclesiais apontam o protagonismo laical

O Concílio Ecumênico Vaticano II e os ensinamentos magisteriais dos Papas insistem na necessidade de os leigos participarem ativamente na construção de uma nova sociedade, aperfeiçoando os espaços sendo sal da terra e luz do mundo.

Na Conferência de Aparecida, os bispos da América Latina, em 2007, insistiram sobre a urgência da plena participação dos Leigos e Leigas na vida e na ação da Igreja. “O projeto pastoral da Diocese, caminho de pastoral orgânica, deve ser uma resposta consciente e eficaz para atender as exigências do mundo de hoje com indicações programáticas concretas, objetivos e métodos de trabalho, de formação e valorização dos agentes e da procura dos meios necessários que permitam que o anúncio de Cristo chegue às pessoas, modele as comunidades e incida profundamente na sociedade e na cultura mediante o testemunho dos valores evangélicos. Os leigos devem participar do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da execução” (DAp. 371).

Ser leigo é uma vocação

O advogado Jean Christian Fonseca é de São José dos Campos e tem 25 anos. De família católica, cresceu na comunidade eclesial entendendo a importância de comprometer-se com os outros e consigo mesmo.

“Cresci aprendendo que, a partir da fé, podia olhar para o lado e reconhecer os outros como meus irmãos. Desde então, sempre, desde criança, ajudava na minha comunidade. Ia à missa com meus pais e avós, mas precisava fazer mais”, diz.

Atualmente, Jean é envolvido com articulações que visam ao protagonismo juvenil em sua paróquia. Antes, já atuou em missões populares no Estado de São Paulo e Minas Gerais, na pastoral da Crisma, oratório festivo para crianças e adolescentes, acólitos e cerimoniários, grupo de oração entre outros.

Indagado sobre o trabalho, Chistian disse que busca olhar o Direito com olhar cristão: “Acredito no outro. Mesmo o mais errado, há um ponto acessível ao bem. A Igreja me faz olhar sob esse parâmetro e crescer nos processos que acompanho. Inclusive, me faz olhar o réu, como humano, que erra”.

O jovem finalizou afirmando: “o leigo comprometido não é aquele que não foi chamado para ser padre ou religioso. É aquele que vive com clareza seu Batismo. É uma vocação tão importante como as outras! Ser cristão por excelência”, concluiu.

Dia do Catequista

Por ocasião da data, a Comissão da CNBB para a Animação Bíblico-Catequética, presidida por dom José Antônio Peruzzo, enviou uma carta aberta a todos os catequistas recordando que a Catequese faz parte da base da formação do Novo Testamento, juntamente com a Liturgia e a Pregação dos Apóstolos.

O presidente da comissão manifestou gratidão pelo ministério do catequista. “Voltem àquelas primeiras experiências do chamado à catequese – alguém o chamou e você aceitou. A voz era humana, mas a fonte que convidada procedia do Espírito de Deus”, diz dom Peruzzo. “Tivemos esses dias difíceis da pandemia: quantos esquecimentos, quantos distanciamentos e até desânimos, cansaços e certamente até passou na sua mente que já contribuiu bastante e já era hora de deixar para outros, mas estar aqui é recomeçar”.

A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB preparou sugestões para a celebração eucarística dessa data, incluindo bênção dos catequistas, além de sugestões para a celebração do Dia do Catequista como um todo: confira também a carta de dom Peruzzo na íntegra.

Fonte: Site Canção Nova e Aleteia

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