Na noite desse sábado (15), Solenidade da Assunção de Maria, o distrito de Sarandira, a pouco mais de 25 quilômetros de Juiz de Fora, celebrou o dia de sua padroeira, Nossa Senhora do Livramento. A festa, que contou com a presença do arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, teve início com procissão saindo da Matriz local, que passa por obras de restauração e para a qual a verba arrecadada nas festividades foi destinada.
O cortejo, que levava as imagens de Nossa Senhora do Livramento e de São Sebastião – o patrono dos produtores rurais –, passou por ruas do distrito e parou no Centro Comunitário local, onde Dom Gil presidiu a Santa Missa. Concelebrou com o arcebispo o administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Livramento, Padre Liomar Rezende de Moraes. A celebração ainda contou com a presença de seminaristas diocesanos, de moradores da cidade de Pequeri/MG e de representantes da equipe 40 das Equipes de Nossa Senhora, que tem Nossa Senhora do Livramento como padroeira.
Durante a homilia, Dom Gil refletiu sobre a Festa da Assunção de Nossa Senhora e sobre a devoção católica à Mãe de Jesus. O arcebispo reiterou a importância de Maria tomando como base passagens bíblicas e ainda afirmou ser Nossa Senhora a grande intercessora e protetora dos fiéis.
Após a Santa Missa, foi dada continuidade à procissão, que seguiu novamente em direção à Matriz. Chegando ao local, houve coroação da imagem de Nossa Senhora do Livramento por crianças da Catequese. Logo após, a comunidade confraternizou-se em festa, com o funcionamento de barraquinhas, leilão de prendas e bezerros e música ao vivo.
Obras de restauração da Matriz Nossa Senhora do Livramento
A Matriz Nossa Senhora do Livramento data de 1844 e foi tombada através de Decreto Municipal em 2004. Oito anos depois, no entanto, ela foi fechada por conta de problemas estruturais. Desde então, a comunidade de Sarandira se reúne em um Centro Comunitário e em casas de moradores do distrito e une esforços para conseguir reabrir o templo religioso.
Atualmente, as obras de restauração da Matriz estão na fase de elaboração de projetos e levantamento arquitetônico da edificação. Para isso, há cerca de um ano, foi firmada uma parceria entre a Arquidiocese e a Universidade Federal de Juiz de Fora. A instituição realiza projeto de extensão sob a responsabilidade da professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Fabiana Jacques, e conta com a colaboração de cinco alunos da universidade. Vale destacar a participação do arquiteto da Divisão de Patrimônio Cultural (Dipac) da Funalfa, Paulo Gawryszewski.
A partir daí, serão elaborados os projetos complementares – estrutural, hidráulico, elétrico e de paisagismo – para que o processo de restauro propriamente dito da igreja seja iniciado. Hoje, o templo passa pela fase de escoramento interno emergencial, possibilitado por conta da compra de andaimes pela Arquidiocese de Juiz de Fora.
O administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Livramento, Padre Liomar Rezende de Moraes, afirma que a Matriz local representa o auge do distrito de Sarandira, mas destaca que o fato de o templo estar fechado não impossibilitou a prática da fé dos moradores. “A igreja é o bem mais precioso que o distrito possui. Além de ser um templo religioso, podemos dizer que ele representa o auge do distrito, que, no passado, contou com cinco mil moradores. Embora o templo esteja fechado, a igreja não está morta, ela continua. Nós temos um espaço comunitário onde realizamos as celebrações e, em alguns momentos, celebramos em algumas casas”.
O arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, reforça a importância do restauro do templo religioso. “Em primeiro lugar o restauro interessa à pratica da fé, às celebrações que devem ser feitas. Por outro lado, ela é também uma obra de arte que marca a história de Juiz de Fora, sendo reconhecida pelo poder público através do tombamento pela Prefeitura. Por isso fazemos o esforço necessário e esperamos a parceria do poder público e de quem puder colaborar para preservarmos aquilo que nossos antepassados, com tanto sacrifício e entusiasmo, fizeram e deixaram para que nós pudéssemos cuidar”.
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Outras informações:
Assessoria de Comunicação Arquidiocese de Juiz de Fora: (32) 3229-5450