“Comunhão, participação e missão”, eixos que marcaram a celebração dos 70 anos da CNBB

Foto: Thiago Leon – Santuário Nacional de Aparecida
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Na noite da quinta-feira, 1º de setembro, foi celebrado um momento jubilar em torno da memória dos 70 anos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Uma história de “comunhão, participação e missão, que se faz expressão de corresponsabilidade, que confirmou e alargou o horizonte eclesial da colegialidade episcopal”, segundo um trecho do roteiro lido pela jornalista Camila Morais e pelo irmão Alan Patrick Zuccherato, ambos da TV Aparecida, que foram os mestres de cerimônia.

A celebração aconteceu no Santuário Nacional e contou com homenagens e agradecimentos a todos os que fizeram parte da história da CNBB, com a exibição de vídeos e depoimentos de bispos e outros personagens. Uma orquestra, um grupo de bailarinos e cantores como a Ziza Fernandes, Eliana Ribeiro, padre Antônio Maria e grupo Ir ao povo, foram convidados para animar o momento.

A CNBB e a Comunhão

Em vista de uma comunhão eclesial desejada, inclusive, antes do Concílio Vaticano II, já nasce uma das maiores Conferências do mundo, que vai inspirar, posteriormente, outras Conferências. No início da década de 50 foi criada a CNBB. Num clima de convivência, nasce esta história que hoje conta com 465 bispos, dentre os quais 308 são titulares e auxiliares, 157 eméritos servindo às 278 Igrejas Particulares do nosso país.

E para este tema, o arcebispo emérito de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB de 2007 a 2011, e o arcebispo de Porto Alegre (RS) e primeiro vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spengler falaram sobre o desafio inicial de se criar uma Conferência Nacional para promover a comunhão entre os pastores da Igreja num país de dimensões continentais como o Brasil.

“A palavra chave já foi pronunciada: comunhão. A CNBB nasceu para que se expressasse a comunhão num momento em que o país começava a passar por problemas”, afirmou dom Geraldo Lyrio.

Dom Geraldo salientou que se deve a dom Hélder Câmara a criação da CNBB, em 1952, que teve importante papel de enfrentamento à ditadura militar brasileira. Graças a esse trabalho, foi elevado ao título de bispo da igreja católica, em 1952, tornando-se o secretário geral da organização. Em 1964, ele se tornaria arcebispo de Recife e Olinda.

Dom Geraldo recordou que a sede da Conferência se situava, a princípio, no Palácio São Joaquim, no Rio de Janeiro. “A CNBB já nasce trazendo as marcas e as conservas ao longo desses 70 anos”. Já dom Jaime Spengler enfatizou as motivações que levaram a mudar a sede da Conferência para a capital federal. Segundo ele, a transferência para Brasília (DF) “favorecia a comunhão geográfica das diversas dioceses com a Conferência”.

Homenagens aos que serviram a CNBB

O momento também trouxe a oportunidade de lembrança e agradecimento a todos os homens e mulheres que dedicaram suas vidas à serviço da CNBB.

Representando todos esses homens e mulheres, a Sônia Milhomen, responsável pelos arquivos da presidência da entidade, foi reconhecida e agraciada pelos 36 anos de valiosos serviços prestados à CNBB e à Igreja no Brasil.

Ela recebeu flores, uma plaquinha comemorativa e a imagem de Nossa Senhora Aparecida das mãos do presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo e do cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus (AM) e ex-secretário-geral da CNBB.

“Assessores e colaboradores são um coração que bate na Conferência”, disse dom Walmor se referindo à Sônia.

Dom Leonardo entregou as flores à colaborada e disse que era com “muita alegria”, pois a Sôninha, como é carinhosamente tratada, cuidava da Conferência e de todos os colaboradores. “Muito obrigado pela sua presença e pelo seu jeito de viver o Evangelho servindo a Igreja e a CNBB”, agradeceu dom Leonardo.

Toda a celebração foi gravada pela TV Aparecida e será transmitida nesta sexta-feira, dia 2 de setembro, às 19h.

Fonte: Site da CNBB

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