“Amazônia: Casa Comum” é oportunidade de encontro com a América Latina

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“ Uma coisa que a Igreja faz é escutar os indígenas, uma coisa que talvez os outros não fazem. ”

A afirmação é de Pe. Michael Czerny, secretário especial do Sínodo para a Amazônia, em coletiva de imprensa na última sexta-feira (20). O encontro era de apresentação do projeto internacional “Amazônia: Casa Comum” que pretende aprofundar as temáticas que serão debatidas pelos padres sinodais. A iniciativa também dará voz aos indígenas, já que vai trazer dezenas de representantes dos povos amazônicos para a Itália.

“A Casa Comum é uma presença, uma representação, uma oportunidade de encontro com a realidade da América Latina”, acrescentou ainda Pe. Michael. O cardeal Pedro Barreto Jimeno, vice-presidente da Repam (Rede Eclesial Pan-Amazônica), em videoconferência, reforçou e ampliou esse contexto sinodal, ao afirmar que “a Amazônia não é importante só para os países da América Latina, mas para toda a humanidade. É importante não só pelo oxigênio que fornece ao planeta, mas também para as pessoas e as culturas presentes, às vezes escravizadas e sem dignidade. Os povos indígenas têm a sabedoria de ensinar, por isso são mestres”.

A Tenda da Amazônia

E cerca de 50 líderes indígenas estarão na Itália para trazer as suas experiências de vida, de fé e de luta através do Amazônia: Casa Comum, iniciativa que será realizada principalmente na Igreja Santa Maria na Via della Conciliazione, que dá acesso ao Vaticano, e onde inclusive será erguida simbolicamente a “Tenda da Amazônia”.

Entre os principais eventos e de forte espiritualidade, destaque para a Vigília de Oração em 5 de outubro, que vai abrir oficialmente o projeto, e a peregrinação que vai reunir padres sinodais e líderes indígenas pelas estradas de Roma na manhã de 19 de outubro, em memória de mártires, homens e mulheres que foram mortos por defender a Casa Comum. O programa já está disponível no site oficial: www.amazonia-casa-comun.org.

O Pe. Ramundo Massimo, missionário comboniano, natural da Itália, mas há 20 anos morando no Brasil, 13 deles trabalhando no Amazonas, acredita no processo sinodal e na força da evangelização.

“ O Sínodo, de verdade, quer se tornar um momento em que a nossa Igreja possa refletir maneiras e caminhos novos da evangelização da região amazônica. A partir da realidade que os povos indígenas vivem, para depois poder pensar como temos que ser Igreja nessas regiões, sobretudo escutando os desejos, os desafios, aquilo que essas populações podem nos dizer e nos ajudar a encontrar caminhos novos para a evangelização na Amazônia. ”

Fonte: Site Vatican News

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