Em agosto, celebramos o Mês Vocacional, momento dedicado a refletir e valorizar as vocações de nossa Igreja. No primeiro domingo, voltamos nosso olhar para a vocação sacerdotal. Este ano, a celebração do Dia do Padre coincide com a festa de São João Maria Vianney, patrono dos padres, tornando a ocasião ainda mais significativa. Também conhecido como o Santo Cura d’Ars, o santo é um exemplo vivo de dedicação e amor pelo ministério sacerdotal, e sua vida serve como inspiração para todos os padres em sua jornada de fé.
Os sacerdotes, que há séculos desempenham um papel fundamental na orientação espiritual e no suporte moral dos cristãos, são verdadeiros pilares das comunidades que servem. Desde a administração dos sacramentos e a pregação da palavra de Deus até o envolvimento em atividades sociais e comunitárias, sua influência é profunda e abrangente. Através de suas ações diárias, os padres nos lembram do poder da fé e da importância de servir aos outros.

Um dos exemplos da vivência da vocação com fidelidade e amor é o Padre Augusto Antônio da Silva, cujo lema é “sou padre por vocação, não por circunstância”. Para ele, o sacerdócio é uma graça a ele confiada por Deus. Ordenado em 1965, Padre Augusto teve uma rígida educação voltada para a religião, aos 10 anos iniciou sua trajetória, quando coroinha. Desde este tempo, escutava o chamado para esta vocação, a qual exerce há 59 anos. “Vocação não é algo que se chama e já é ordenado, mas um processo lento. O que eu faço é mistério de uma vocação, não sou um religioso ou apenas um católico devoto, eu sou padre. Fui chamado para ser orientador de outras pessoas, ser padre é ser alguém que busca aumentar a população católica e ser exemplo de vida”, destacou.
Durante quase seis décadas de ministério, Padre Augusto passou por escolas e paróquias. Sua trajetória foi marcada por uma escuta e coração atentos, a fim de oferecer consolo e esperança aos que o procuram. Para ele, o mais importante exercício é fortalecer a espiritualidade em busca de discernimento para ser um bom ouvinte e apontar uma direção segundo a vontade do Senhor. “Eu sou feliz por ser eleito para esse ministério, sou realizado nessa vocação”, comentou.
O sacerdote ressaltou, ainda, a importância do dia do padre. Segundo ele, é uma oportunidade de reforçar o sacerdócio como respeitável perante a sociedade, além de enfatizar aos outros ordenados qual a sua missão enquanto padres. “Nós somos enviados a rezar, abençoar e realizar aquilo que o leigo não pode ou não deve. Não podemos nunca negar um chamado ou omitir que somos padres, isso é ofender o sacerdócio, é ofender a nossa vocação”, completou.
Para celebrar este dia, o Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, presidiu a Santa Missa das 10h, na Catedral Metropolitana, no último domingo (4). “A vocação sacerdotal é um dom de Deus, sem merecimento de nossa parte. Ele quem chama e constitui um padre, para benefício da comunidade e da Igreja”, pontuou o Arcebispo.
No domingo, sua prece foi para que o clero arquidiocesano seja alegre e perseverante na vocação. “Que sejam abençoados e vivam com tanta alegria que, só pela sua presença silenciosa, evangelizem e tragam pessoas para Deus”, rezou ele; uma prece que ecoa no coração de todos os católicos da arquidiocese.
