“Sejam artesãos da paz”, diz Papa Francisco aos jovens russos

Foto: O Papa em conexão com o 10º Encontro Nacional de Jovens Católicos em São Petersburgo, Rússia/ Vatican Media

O Papa Francisco interagiu à distância, por meio de conexão vídeo, com cerca de 400 jovens rapazes e moças que estão participando do 10º Encontro Nacional de Jovens Católicos da Rússia, em São Petersburgo. O encontro que foi encerrado nesse domingo (27).

Realizada pela primeira vez na cidade de São Petersburgo, o Papa manifestou sua alegria e admiração pela presença dos jovens, especialmente por aqueles que viajaram até 9.000 quilômetros para chegar lá: “Isso é lindo”, disse ele, acrescentando que é um sinal da unidade da juventude da Rússia como um todo.

Dirigindo-se aos jovens russos, depois de ouvir os dois testemunhos de Alexander e Varvara, o Papa retomou três ideias em torno do lema da JMJ de Lisboa, “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1,39), para que possam, disse, trabalhar mais sobre ele.

“Desejo a vocês, jovens russos, a vocação de serem artesãos da paz em meio a tantos conflitos e em meio a tantas polarizações que vêm de todos os lados e que assolam o nosso mundo. Convido-os a serem semeadores de sementes de reconciliação, pequenas sementes que, neste inverno de guerra, não brotarão no solo congelado por enquanto, mas florescerão em uma futura primavera. Como eu disse em Lisboa: ‘Tenham a coragem de substituir os medos por sonhos; substituam os medos por sonhos, não sejam administradores de medos, mas empreendedores de sonhos! Deem-se ao luxo de sonhar grande!”

Francisco retomou o episódio do encontro entre Maria e Isabel. Lembrou que o Senhor chama pelo nome, antes dos talentos que temos, antes de nossos méritos, “antes de nossas trevas e feridas”. Lembrou dessas duas mulheres “tornando-se testemunhas do poder transformador de Deus”, lembra da pressa de Maria em espalhar sua alegria.

“Quando Deus nos chama, não podemos ficar parados, devemos nos levantar e com pressa, porque o mundo, o irmão, o sofredor, aquele que está ao lado e não conhece a esperança de Deus precisa recebê-la, precisa receber a alegria de Deus. Levanto-me apressadamente para levar a alegria de Deus.”

O amor de Deus é para todos

O Papa ressaltou que “o amor de Deus é para todos e a Igreja é de todos” e exortou a recordar o Evangelho onde se conta o convite do dono do banquete nas encruzilhadas para levar o Evangelho a todos: “Eis o que Jesus queria dizer: todos, todos, todos”.

“A Igreja é uma mãe de coração aberto que sabe como acolher e receber, especialmente aqueles que precisam de mais cuidados. A Igreja é uma mãe amorosa, porque é o lar daqueles que são amados e daqueles que são chamados. Quantas feridas, quanto desespero podem ser curados onde alguém se sente acolhido. E a Igreja nos acolhe. É por isso que sonho com uma Igreja onde ninguém esteja em excesso, onde ninguém seja extra. Por favor, que a Igreja não seja uma alfândega para selecionar quem entra e quem não entra. Não: todos, todos. A entrada é gratuita e, então, cada um ouve o convite de Jesus para segui-lo, para ver como está diante de Deus; e para esse caminho há os ensinamentos e os sacramentos”.

Jovens e idosos se abram uns aos outros

O Papa também retomou a importância do diálogo e da troca de experiência entre jovens e idosos. Voltou ao encontro entre Maria e Isabel, que é o sonho. Convidou a sermos “construtores de pontes entre gerações, reconhecendo os sonhos” dos antecessores, dos avós. “A aliança entre gerações mantém viva a história e a cultura de um povo”. Ele insistiu na importância de ser “um sinal de esperança, paz e alegria, como Maria”. Imitando a humildade dela, “vocês também”, disse ele, “podem mudar a história em que vivem”.

Fonte: Site A12

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