Nota de esclarecimento sobre a Capela Santa Teresinha

Diante das polêmicas dos últimos dias achamos necessário esclarecer como tem sido o trabalho da arquidiocese na Capela Santa Teresinha, patrimônio tombado pelo município de Juiz de Fora.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Arquidiocese de Juiz de Fora, empenhada em prol dos bens culturais da Igreja, lutou por quase sete anos pela restauração da Capela Santa Teresinha, localizada próximo à sede do 4º Comando Regional da Policia Militar, no Bairro Santa Terezinha.

Após a assinatura do contrato de cessão de uso com a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG), em 2018, a Arquidiocese buscou parcerias para que fossem elaborados os projetos complementares necessários para restauração estrutural e arquitetônica da Capela, são eles: projeto estrutural, hidráulico, elétrico e SPDA e paisagístico, já que o arquitetônico havia sido doado anteriormente. Como a referida Capela é tombada pelo município de Juiz de Fora, conforme Decreto municipal 6509/99, é necessária autorização do município, através do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (COMPPAC), para quaisquer intervenções no bem, sendo, pois, necessário a apresentação dos projetos para análise pelo Conselho.

Durante quatro anos, retardados pela pandemia da Covid-19, seguimos buscando parcerias para a elaboração dos projetos complementares. Diante das tentativas frustradas, em 2022, começamos a traçar novas metas com vista de conseguir recursos junto ao Estado de Minas. Inclusive, na ocasião em que o Secretário de Cultura do Estado de Minas Gerais esteve em Juiz de Fora, ainda em 2022, o levamos ao local para apresentar a Capela, e ouvimos que, seria necessário atualizar o projeto arquitetônico, elaborar os projetos complementares e aprova-los junto ao município de Juiz de Fora e só então poderíamos dar início à captação de recursos, estimada, na época em mais de um milhão e meio de reais.

Uma de nossas metas, considerando o decurso do tempo e a defasagem do projeto arquitetônico existente, foi a de elaborar novamente todos os projetos, e submetê-los à apreciação do COMPPAC. Concomitantemente, avaliamos que a captação de recurso público poderia ser mais facilitada se requisitada pelo próprio ente público, no caso o Estado de Minas, já que a Capela pertence a ele.  Assim sendo, concluímos que, após a elaboração dos projetos, custeados pela Arquidiocese, através da Paróquia Santa Terezinha, e respectiva aprovação pelo COMPPAC, o melhor a ser feito, pelo bem da Capela, seria devolvê-la à PMMG, para que, munidos do projeto aprovado, eles o executem.

O projeto foi elaborado, concretizado e finalizado em 2024, quando obtivemos a aprovação do órgão tombador, lembrando que esta é a primeira etapa burocrática necessária para poder realizar a restauração. O valor para execução da restauração foi estimado em mais de dois milhões de reais e ainda precisa ser levantado.

Hoje está em trâmite a devolução da Capela, já tendo sido a Polícia Militar notificada da devolução e da doação do projeto aprovado, com o que concordou. Vale ressaltar, contudo, que durante todos esses anos, a paróquia Santa Teresinha, periodicamente, realiza pequenas intervenções de limpeza no local, com colaboração da comunidade. Outras intervenções também foram feitas como colocação de telas de proteção contra a entrada de pombos e fechamento das vias atrás e ao lado da capela, pois os motoristas utilizavam o local como rotatória, o que poderia colaborar com o aumento do dano estrutural por conta dos abalos ocasionados por veículos, sobretudo os de grande porte.

O desejo da Arquidiocese é de que a Capela seja restaurada, tanto pelo seu valor histórico-cultural, mas principalmente por seu valor religioso e devocional, contudo, infelizmente, não dispõe dos recursos financeiros necessários para fazê-lo.

A Arquidiocese espera que, com a doação do projeto aprovado pelo COMPPAC, o Estado de Minas Gerais, através da PMMG, possa executar o restauro para, enfim, reabrir a Capela ao público.

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