Na manhã do último sábado, 26 de abril, educadores das escolas católicas de Juiz de Fora participaram de mais uma Manhã de Espiritualidade, um evento que, anualmente, reúne professores, diretores e colaboradores da rede confessional de ensino. O encontro teve início com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, e concelebrada pelo Reitor do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, Padre Antônio Camilo de Paiva, e pelo responsável pela UniAcademia, Padre Emanuel Gusti Ngurah Ramadhani, SVD.

O Pastor Arquidiocesano destacou a importância da educação integral, afirmando que “devemos educar a pessoa humana de maneira total, física, moral, espiritual e mental”. Dom Gil também recordou a tradição arquidiocesana de promover esse momento de encontro no Tempo Pascal: “Todos os anos, nesta época, nós procuramos celebrar a Páscoa com os educadores, dando-lhes também alguma instrução a partir da doutrina da Igreja”, ressaltou. De acordo com o Arcebispo, cerca de 240 educadores, representando os treze colégios católicos da Arquidiocese de Juiz de Fora, participaram do evento realizado na Cúria Metropolitana.

Neste ano, o tema proposto foi “Peregrinos da esperança na educação”, em sintonia com o Ano da Esperança, instituído pelo Papa Francisco. Para a coordenadora de Espiritualidade e Pastoral do Colégio Santa Catarina, Fabíola Furtado, o momento de reflexão foi essencial para renovar a missão dos educadores. “O encontro de espiritualidade dos educadores das escolas católicas é um momento muito importante para todos nós. É uma oportunidade de nos unirmos como escolas confessionais e ouvirmos do Dom Gil suas palavras, seu incentivo, sobretudo a partir do Evangelho de Jesus Cristo, para buscarmos a esperança”, comentou. Segundo ela, a proposta é levar essa esperança também “a todos os nossos estudantes e a toda a comunidade escolar”.

Após a Missa, os participantes foram convidados a acompanhar um momento de pregação conduzido pelo Coordenador Sinodal da Ação Evangelizadora, Padre Geraldo Dondici Vieira. O sacerdote recordou o sepultamento do Papa Francisco, ocorrido na mesma data, e propôs uma reflexão silenciosa diante da grandiosidade do testemunho deixado pelo pontífice. “Hoje é um dia muito especial, porque é o funeral do Papa Francisco. Talvez seja um dia mais de ficar em silêncio do que de falar, para deixarmos decantar dentro de nós o testemunho dele”, disse.

Padre Dondici explicou que estava prevista a realização de uma dinâmica baseada no “Diálogo no Espírito”, metodologia sinodal orientada pelo Papa, mas que, diante da ocasião, o encontro focaria em um tempo mais contemplativo. “Talvez muita gente já tenha falado demais; é preciso escutar Deus. A esperança cristã não confunde, porque é a ressurreição de Jesus; a vitória é garantida”, afirmou. Enfatizando a necessidade de viver a esperança no cotidiano, ele completou: “Tribulações existem, mas a esperança cristã não decepciona. Que Deus nos dê paciência e bom humor para enfrentarmos as dificuldades do dia a dia”.

Um dos organizadores do encontro e membro da Pastoral da Educação, Bruno Lopes de Carvalho, ressaltou a importância desse momento de espiritualidade para a caminhada dos educadores. “A nossa Igreja está em festa vivendo a Páscoa, bem como a passagem do nosso Papa, e é muito oportuno estarmos aqui reunidos vivendo também essa espiritualidade dos educadores. Toda espiritualidade vivida ao longo do ano parte deste momento”, afirmou. Ele destacou ainda a expectativa em torno da palestra do Padre Dondici, sempre aguardada com entusiasmo pelos participantes: “Trazendo também esse tema, peregrinos de esperança, ele nos ajuda a alimentar nossa caminhada de fé e missão educativa”.

Mesmo em meio à dor da perda do Papa Francisco, a manhã de espiritualidade foi, segundo Dom Gil, um momento de reafirmação da fé e de compromisso renovado com a missão de educar com esperança e escuta do Espírito Santo. “Neste momento em que o Papa Francisco parte para o céu, nós celebramos esse encontro com uma participação intensa no dogma da fé que Cristo morreu, ressuscitou, e um dia também nós vamos ressuscitar”, concluiu o Arcebispo.

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