Comissão Episcopal para a Liturgia apresenta a nova edição do Guia Litúrgico-Pastoral publicado pela Edições CNBB

Foto: CNBB

A Comissão Episcopal para a Liturgia apresenta a nova edição do Guia Litúrgico-Pastoral, um subsídio que tem como objetivo fortalecer a vida celebrativa das comunidades, em sintonia com o espírito do Concílio Vaticano II, os livros litúrgicos oficiais e as adaptações propostas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O lançamento do Guia se insere em um momento significativo para a Igreja no Brasil, marcado pela recepção da terceira edição típica do Missal Romano, pela redescoberta da formação litúrgica como prioridade pastoral urgente, e pela necessidade crescente de promover comunhão e unidade eclesial. Essa unidade é essencial não apenas para evitar desvios e erros, mas também para garantir a fidelidade na transmissão da fé, pois, como ensina a tradição da Igreja, a maneira como a Igreja reza expressa aquilo em que ela crê.

Segundo o Bispo da Diocese de Bonfim (BA) e Presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, Dom Hernaldo Pinto Farias, as orientações litúrgico-pastorais desta publicação se inspiram na tradição litúrgica da Igreja e nas diretrizes do Magistério, fundamentando-se nas práticas celebrativas das comunidades. Contudo, o Bispo adverte que elas não substituem a Instrução Geral sobre o Missal Romano nem as Introduções dos Rituais, mas oferecem indicações concretas para ministros, equipes de liturgia e todo o povo fiel.

Alerta de Leão XIV sobre o cuidado com a liturgia

Neste contexto de relançamento do Guia, é oportuno recordar uma exortação recente do Papa Leão XIV, que alerta contra o risco de reduzir a preparação litúrgica a mero ativismo ou a expectativas vazias. Para o Pontífice, preparar-se para a celebração não significa simplesmente “fazer mais”, mas sim “abrir espaço”: deixar de lado o que é supérfluo, simplificar exigências e abandonar idealizações excessivas. Trata-se de cultivar uma atitude interior de escuta, silêncio e acolhimento do mistério.

O Assessor da Comissão Episcopal para a Liturgia, Frei Luís Felipe C. Marques, reforça que a liturgia deve ser compreendida como o lugar privilegiado de encontro entre a ação de Deus e a resposta do seu povo, entre o mistério de Cristo e o mistério da Igreja reunida. Sendo o coração da vida cristã, a liturgia deve iluminar e orientar toda a ação pastoral da Igreja.

Celebração: experiência de encontro com Deus

Frei Felipe reforça que a preparação das celebrações não pode se limitar a um exercício técnico, teórico ou meramente rubrical. Ela deve ser uma experiência viva de encontro com Deus, por meio dos ritos, símbolos, gestos e palavras que revelam o mistério celebrado. “A verdadeira formação litúrgica acontece no próprio ato celebrativo, quando aprendemos a viver em comunhão, a formar comunidades vivas e a expressar, na vida concreta, aquilo que celebramos na fé”, disse.

Com esta nova edição, o Guia Litúrgico-Pastoral quer favorecer celebrações mais vivas, conscientes, participativas e profundamente enraizadas na fé da Igreja. Através deste lançamento, a CNBB reafirma que a liturgia é, como ensina o Concílio Vaticano II, o “cume e a fonte” da vida cristã, sustentando a missão evangelizadora da Igreja e fortalecendo a caminhada das comunidades em todo o Brasil.

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*Fonte: CNBB

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