Na manhã da última terça-feira, 5 de agosto, os padres e diáconos da Arquidiocese de Juiz de Fora se reuniram em Liberdade (MG) para celebrar o Jubileu do Clero, em uma peregrinação ao Santuário Basílica Senhor Bom Jesus do Livramento. O encontro, marcado por espiritualidade, fraternidade e esperança, reuniu diáconos e sacerdotes diocesanos e religiosos que atuam nas diversas frentes pastorais da Igreja Particular de Juiz de Fora.
A programação teve início com acolhida e café da manhã, seguido por um momento de espiritualidade na Capela de Nossa Senhora Aparecida. Logo após, o clero pôde participar do sacramento da reconciliação antes de seguirem em procissão até o Santuário, onde foi celebrada a Missa Solene do Jubileu. Ao final, todos participaram de um almoço festivo.
Para o Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, o dia foi de grande significado espiritual e pastoral. “Celebramos neste ano jubilar, o ano da esperança, com a presença de tantos sacerdotes dedicados ao seu ministério. Rezamos pelas vocações e agradecemos ao Senhor pelo nosso clero. É também um dia de indulgência plenária, de comunhão e de renovação do nosso compromisso”, afirmou.
A temática da esperança marcou a peregrinação, em sintonia com o apelo do Papa Francisco para que a Igreja seja “peregrina da esperança”. A meditação da manhã ficou a cargo do Coordenador Sinodal da Ação Evangelizadora, Pe. Geraldo Dondici Vieira, que convidou os presentes a refletirem sobre os desafios da missão sacerdotal e a importância de cultivar a escuta atenta do povo. “Nós não somos super-homens e Deus agirá no nosso cansaço, na indigência, na dificuldade. Às vezes, não sabemos a resposta ou não temos soluções imediatas, mas escutar já é uma forma de presença. Não podemos correr o risco de caminhar sozinhos; somos chamados a diminuir o passo e acompanhar o ritmo do nosso povo”.
Ele também propôs uma profunda distinção espiritual: somos peregrinos da esperança, carregados pela esperança que nos sustenta, mas também peregrinos de esperança, chamados a levar essa esperança aos outros.
O pároco anfitrião e Reitor do Santuário Basílica, Pe. Márcio Aurélio Neves, ressaltou a importância do momento para a paróquia e para o Santuário. “Renovamos nossa fé, nosso compromisso com o serviço e, sobretudo, fortalecemos a união do clero. É um sinal visível da fraternidade sacerdotal que nos une como família arquidiocesana”, refletiu.
Para os padres mais jovens, como o Pe. Miron de Oliveira Messias, Vigário Paroquial em Conceição de Ibitipoca (MG), a vivência da fraternidade e o contato com os testemunhos dos presbíteros mais experientes são fontes de inspiração. “É uma alegria ver o povo reunido, celebrando aqui com essa devoção bonita que o povo tem ao Senhor Bom Jesus, vai configurando nosso coração para cada vez mais nos empenharmos no serviço da construção do reino”, pontuou.
O sacerdote refletiu ainda sobre como vivencia a esperança em seu ministério. “Por meio das dificuldades e vivendo no meio das comunidades que nós vamos vivendo a esperança através do carinho e acolhimento do povo. Uma acolhida que joga tudo por terra e faz renascer em nós o amor e a esperança de caminharmos juntos, de construirmos juntos e sabermos que não estamos sozinhos”, destacou.
O Jubileu também foi oportunidade de reconciliação, como lembrou o Representante dos Prebíteros, Pe. José Maria Vieira Novaes. “O padre também confessa. O padre também precisa do perdão. Nós não nos auto-perdoamos, mas precisamos de um irmão que nos ouça e também nos dê o perdão”, afirmou.
Pe. José Maria também reforçou o pedido aos fiéis para que continuem a rezar pelos padres para que eles vivam a esperança e a levem ao povo. “Nós precisamos de um clero mais santo. Mas, para um clero mais santo, precisamos de oração. Precisamos da sua oração, da sua presença em nossas vidas”, concluiu.
Concluindo a celebração do Dia do Padre, comemorado oficialmente em 4 de agosto, a peregrinação expressou a união dos sacerdotes em torno da missão evangelizadora.
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