Na tarde do último sábado, 1º de fevereiro, foi encerrado o Ano Eucarístico na Arquidiocese de Juiz de Fora com uma Solene Celebração na Catedral Metropolitana. A celebração contou com a presença do Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, e foi presidida pelo Pároco da Catedral, Padre João Paulo Teixeira.
Tal jornada teve início exatamente um ano antes, no mesmo dia, em 2024, com um marco significativo: o centenário da Diocese de Juiz de Fora. Em entrevista, Padre João Paulo expressou sua gratidão por este momento. “Neste primeiro dia do mês de fevereiro, nós queremos render graças a Deus, ação de graças, pelos 101 anos da criação da nossa Diocese de Juiz de Fora, encerrando assim o ano do nosso centenário e também o momento tão bonito que vivenciamos, que foi o nosso Ano Eucarístico, a Eucaristia, centro e ápice da nossa fé”, disse.
Uma jornada de fé e comunhão
O Arcebispo destacou a importância deste ano como uma grande celebração da Eucaristia, unindo toda a comunidade arquidiocesana. “Comemoramos com muita disposição de alma, alegria, entusiasmo, estudo e oração. Durante todo o ano, muitas atividades foram realizadas, como adorações do Santíssimo, vigílias eucarísticas, e pregações especiais sobre a Eucaristia”, afirmou.

Além da Quinta-feira Santa, a celebração de Corpus Christi de 2024 teve um significado especial dentro do Ano Eucarístico. Durante todo o dia, houve exposição do Santíssimo em todos os altares da Arquidiocese. “Era a Arquidiocese genuflexa diante de Jesus presente na hóstia consagrada”, ressaltou Dom Gil.
Entre os momentos de destaque, o Pastor Arquidiocesano mencionou a Jornada Eucarística da Juventude, realizada em agosto, que reuniu cerca de 5 mil jovens na sede da Comunidade Resgate, no município de Chácara, e o III Congresso Eucarístico Arquidiocesano, realizado entre 16 e 24 de novembro. O Congresso teve participação das paróquias e momentos de aprofundamento teológico, incluindo a Semana Teológica no Seminário Santo Antônio; este último contou com palestrantes renomados, que ofereceram uma sólida base bíblica, doutrinal e magisterial sobre a Eucaristia.
Evangelização para além das paróquias

Para o Reitor do Seminário Santo Antônio, Padre Antônio Camilo de Paiva, o III Congresso Eucarístico representou uma oportunidade única para a Igreja Particular de Juiz de Fora, não só de aprofundar a compreensão sobre a Eucaristia, mas também de evangelizar a comunidade. “Foi uma oportunidade ungida para a Igreja de Juiz de Fora viver a evangelização cristã, com catequeses que envolviam temas como família, primeira comunhão, crisma e juventude”, explicou Padre Camilo. Ele também destacou a importância da manifestação pública da Igreja durante o evento, especialmente nas paróquias e nas foranias do interior. O evento foi um momento de visibilidade para a Igreja, que se apresentou de forma vibrante e unida. “A última Missa, com a procissão e a Catedral cheia, foi algo extraordinário, um momento de grande manifestação da fé”, afirmou.
A vivência do sacramento da penitência foi um dos destaques do Ano Eucarístico. Antes de seu início, a Arquidiocese promoveu um dia inteiro de confissões em todas as paróquias, incentivando os fiéis a se prepararem espiritualmente para essa jornada. Durante o ano, essa iniciativa se repetiu em momentos-chave, como na Semana Santa, no Corpus Christi e no III Congresso Eucarístico.
Maria como padroeira da Província Eclesiástica e a oração do Ano Eucarístico
Outro ponto importante destacado por Dom Gil foi a oração do Ano Eucarístico que foi rezada diariamente em todas as comunidades e paróquias ao longo do ano. Segundo o Pastor Arquidiocesano, a oração, que uniu os fiéis ao redor do tema da Eucaristia, foi uma forma de expressar gratidão pelo passado, pedir bênçãos para o presente e se preparar para o futuro. A partir de 1º de fevereiro, a oração não será mais rezada obrigatoriamente, mas o espírito de união e devoção que ela proporcionou permanecerá como legado.
Durante este período, também foi anunciada a instituição de Maria, Mãe da Igreja, como padroeira da Província Eclesiástica de Juiz de Fora, por decreto do Papa Francisco, cujo ícone mosaico foi introduzido na Catedral, bem como o ícone de Isabel Cristina, primeira mártir mineira, tendo sido martirizada no território da Catedral Metropolitana.

Os santuários arquidiocesanos também ganharam destaque neste ano especial. Foram instituídos cinco novos santuários, incluindo o Santuário Eucarístico Arquidiocesano, estabelecido no Cenáculo São João Evangelista. Também foram criados o Santuário do Coração de Jesus, no bairro Bairu, e o Santuário São Miguel Arcanjo, em Santos Dumont (MG). Esses locais se juntam aos já existentes Santuário Nossa Senhora das Mercês, em Mar de Espanha (MG), e Santuário Basílica Bom Jesus do Livramento, em Liberdade (MG).
O Ano Eucarístico foi um período de intensa vivência espiritual e de ação pastoral. O Arcebispo Metropolitano fez questão de agradecer a todos que se dedicaram à realização das atividades eucarísticas e comemorativas do centenário da Diocese, incluindo padres, diáconos, seminaristas e leigos. “Só temos que agradecer a Deus pelo trabalho de tantas pessoas durante todo esse ano”, expressou.
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