Jubileu dos Presos reúne encarcerados e familiares na Catedral Metropolitana

No último domingo, 16 de novembro, a Catedral Metropolitana de Juiz de Fora acolheu o Jubileu dos Presos. Tradicionalmente, a Pastoral Carcerária Arquidiocesana promove a Missa dos Presos. Neste ano, a celebração ganha ainda mais significado por estar inserida no contexto do Ano Jubilar da Esperança e por coincidir com o Dia Mundial dos Pobres, iluminado pelo versículo “Tu és a minha esperança” (Sl 71,5), também tema da celebração.

Participaram da Missa cerca de 60 pessoas privadas de liberdade, acompanhadas de seus familiares. A celebração é fruto do projeto “Preso na Missa”, que há nove anos promove um momento de encontro, espiritualidade e dignidade para os encarcerados, sempre na data dedicada aos pobres.

O Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, lembrou que a data reforça o compromisso cristão com aqueles que enfrentam situações de maior vulnerabilidade. “Celebramos o Domingo dos Pobres, em sintonia com o Santo Padre e com o mundo inteiro, recordando do nosso dever de olhar para aqueles que mais sofrem. Todos nós somos pobres e precisamos da ajuda uns dos outros, sobretudo de Deus”, afirmou.

O Pastor Arquidiocesano destacou também a importância da iniciativa que há anos envolve a Arquidiocese e o sistema prisional. “É impossível aceitarmos um mundo dividido entre alguns que têm sobra e outros que nada têm. Por isso, depois da Missa, realizamos esta confraternização na qual os presos encontram seus familiares, vivendo um momento de liberdade dado por Cristo”, reforçou.

O Assessor Eclesiástico da Pastoral Carcerária, Pe. Welington Nascimento, ressaltou o caráter jubilar e evangelizador do encontro. “É um dia especial para nós […] Queremos pedir a bênção de Deus para cada preso e seus familiares que vão participar conosco nesta missa. Abençoar também os membros da Pastoral Carcerária, todas as pessoas que contribuíram para que este Jubileu pudesse acontecer hoje aqui na nossa Catedral”, expressou.

Ele também recordou que o projeto é fruto da sensibilidade pastoral de Dom Gil. “Um agradecimento especial ao nosso Pastor, idealizador da iniciativa, que há nove anos abre as portas da Catedral no Dia Mundial dos Pobres para esta celebração tão significativa”, completou.

O Pároco da Catedral Metropolitana, Pe. João Paulo Teixeira Dias, reforçou o espírito acolhedor da Casa Mãe da Arquidiocese. “Acolhemos nossos irmãos apenados com alegria, rezando por suas famílias e por todos os que trabalham na área prisional. Neste Ano Santo, eles vêm em peregrinação para viver o mistério da Eucaristia e da Palavra junto de nós”, pontuou.

Ressocialização e humanidade

Representando a Subdiretoria de Humanização e Ressocialização, Gleyci Kelle sublinhou que o projeto tem impacto direto na reintegração social. “Trazer os indivíduos privados de liberdade à Catedral promove humanização, espiritualidade e reconexão com Deus e com a comunidade. Esse momento extra-muros resgata a identidade humana que, muitas vezes, é esquecida no cárcere”, afirmou.

Ela reforçou ainda o papel da sociedade no processo. “Quando a comunidade apoia projetos ressocializadores, potencializa a reinserção e até contribui para reduzir a reincidência” explicou.

Representando os encarcerados presentes, Vinícius Santiago Soares Pereira relatou a importância da oportunidade. “Estamos num processo de resocialização e precisamos desse apoio. É um voto de confiança da sociedade para mostrarmos que queremos mudança, que queremos voltar a viver no convívio das pessoas, trabalhar e seguir uma vida comum”, contou.

Ele agradeceu a todos os envolvidos e concluiu: “Essa missa é muito importante para todos os presos. Estou aqui representando cada um deles”.

Clique aqui para conferir alguns registros do Jubileu dos Presos.

 

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