Com o tema “Dízimo e Compromisso” e o lema “Jesus está conosco e eu estou com Ele. Sou dizimista!” (cf. Mt 28,20), a Campanha do Dízimo 2025 convida os fiéis a refletirem sobre o sentido profundo desse gesto de fé. Mais do que uma contribuição material, o dízimo é expressão concreta de gratidão, confiança e participação na missão evangelizadora da Igreja.
Ser dizimista é reconhecer que tudo o que temos vem de Deus e devolver, com amor, uma parte do que d’Ele recebemos. É um compromisso que une fé e ação, espiritualidade e solidariedade, fortalecendo a comunhão entre os membros da comunidade. O dízimo, quando vivido com consciência e alegria, torna-se sinal de esperança e instrumento de transformação, pois sustenta as pastorais, as ações sociais e as obras missionárias da Igreja.
Em sintonia com essa reflexão, a equipe de animação da Pastoral do Dízimo também preparou uma série especial de vídeos mostrando onde o dízimo é aplicado em nossa Arquidiocese. Esses materiais poderão ser exibidos nos telões das igrejas (quando disponíveis), como forma de aprofundar o entendimento e a valorização do dízimo.
No primeiro vídeo da série, é apresentado o Arquivo Histórico Arquidiocesano. A Diocese de Juiz de Fora foi criada em 1924, desmembrada da Arquidiocese de Mariana, sendo instalada canonicamente um ano depois, com a chegada de seu primeiro Bispo. Com a criação da Cúria Diocesana, organizada pelo Monsenhor Domício de Paula Nardy, o Arquivo Diocesano passou a funcionar conforme as normas e funções que regem os arquivos eclesiásticos, tendo como principal missão salvaguardar todo o acervo documental de valor permanente produzido e acumulado ao longo da história administrativa e pastoral da nossa Igreja Particular.
A Igreja Católica sempre demonstrou profunda preocupação com a preservação de sua memória. Desde os primeiros séculos, os arquivos eclesiásticos — presentes em cúrias, paróquias e congregações religiosas — foram instituídos para registrar a caminhada do povo de Deus. A conservação desses registros garante às futuras gerações o acesso à sua própria história e identidade.
Os arquivos e bibliotecas, como “instituições de memória”, têm o papel de proteger e perpetuar a vivência humana e eclesial, permitindo que a fé, as ações e os testemunhos não se percam com o tempo. Por isso, a Igreja, em inúmeros documentos pontifícios e episcopais, reforça o valor dos arquivos como bens fundamentais, não apenas para a vida espiritual e pastoral, mas também para a própria cultura e história da humanidade.
Curiosidades do Arquivo Histórico Arquidiocesano
Dentre tantas curiosidades sobre o Arquivo Histórico Arquidiocesano, é possível destacar algumas que revelam a riqueza e a importância desse espaço para a preservação da memória da Igreja local. O arquivo conserva documentos datados a partir de 1707, incluindo livros sacramentais, jornais e periódicos católicos, além de registros de movimentos leigos e materiais que narram a história da Arquidiocese.
Entre seus tesouros está o primeiro jornal impresso de nossa Arquidiocese, “O Lampadário”, criado em 1926 por Dom Justino José de Sant’Ana, o primeiro bispo de Juiz de Fora. O periódico foi um importante veículo de evangelização e expressão da Boa Imprensa, movimento que buscava fortalecer a comunicação católica desde o fim do século XIX.
O setor conta ainda com uma área de guarda climatizada, equipada com ar-condicionado central e desumidificadores que funcionam 24 horas por dia, garantindo as condições ideais de temperatura e umidade para a conservação dos documentos. Um destaque especial do acervo é o livro “Crônicas do Bispado”, que narra com riqueza de detalhes o processo de criação e os primeiros anos da Diocese, entre 1923 e 1937.
Em 2024, o Arquivo distribuiu 380 senhas de pesquisa, emitiu 160 documentos e respondeu, em média, 80 e-mails por mês. Além disso, recebeu presencialmente cerca de 60 pesquisadores mensais, sendo a maioria interessada nos livros sacramentais e na busca de certidões para processos de cidadania, além de atender a demandas internas de setores da Cúria e das paróquias. O acervo também guarda documentos de criação das primeiras freguesias da região, peças de grande valor histórico e pastoral.
Por fim, o setor também cumpre uma função formativa, participando de cursos de capacitação voltados às paróquias, com orientações sobre a organização e conservação dos arquivos locais, contribuindo assim para a salvaguarda deste precioso patrimônio da fé e da história.
Confira, na íntegra, o vídeo sobre o Arquivo Histórico Arquidiocesano:
*Com a colaboração de Alan Daniel
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