Entre os dias 8 e 15 de setembro, a cidade de Quito, no Equador, vai receber pessoas de todo o mundo para o 53º Congresso Eucarístico Internacional, momento proposto pela Igreja para aprofundar o mistério de Cristo, Pão vivo descido do céu.
As conferências episcopais de todo o mundo foram orientadas a nomear delegados para a participação no evento. Aqui no Brasil, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nomeou o Bispo de São João da Boa Vista (SP), Dom Eugênio Barbosa Martins, como delegado. O prelado é religioso da Congregação dos Padres Sacramentinos, fundada pelo santo que inspirou a criação dos Congressos Eucarísticos Internacionais – São Pedro Julião Eymard.
Além dos bispos, o congresso vai receber leigos, religiosos, pessoas consagradas e sacerdotes. A programação terá apresentações, depoimentos, oficinas e debates, e também celebração da Eucaristia em igrejas patrimoniais do Centro Histórico de Quito. Na abertura do evento, no dia 8 de setembro, cerca de mil e quinhentas crianças receberão o sacramento da Eucaristia pela primeira vez.
Fraternidade humana
Com o tema “Fraternidade para curar o mundo”, o 53º Congresso Eucarístico Internacional propõe-se a refletir sobre a Eucaristia e vivê-la como lugar de fraternidade capaz de curar o planeta. No texto-base preparado para auxiliar as reflexões que antecedem o encontro, é apresentada a ideia de que a fraternidade humana não seja somente um sonho, mas que encontre “uma maneira de se concretizar a partir da celebração eucarística”.
“O dom pascal do Senhor Ressuscitado, que está no coração de cada Missa e do culto eucarístico da qual adquire o seu significado, ao mesmo tempo que sara as nossas feridas, ajuda-nos a cuidar de cada irmão e irmã”, escreveu dom Alfredo José Espinoza Mateus, arcebispo de Quito e primaz do Equador.
A escolha do local
A Arquidiocese de Quito foi escolhida para sediar este Congresso Eucarístico Internacional por ocasião do 150º aniversário da Consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus (25 de março de 1874). Na cidade, em 1886, já se tinha realizado o primeiro Congresso Eucarístico Nacional.
O texto-base do Congresso Eucarístico utiliza a imagem da tenda, também presente nas reflexões do Sínodo sobre a Sinodalidade, para abordar a acolhida aos participantes do Congresso e a proposta reconciliadora e curativa a partir da Eucaristia:
“Na plenitude dos tempos, Deus Pai deu-nos o seu Filho Jesus Cristo, o Verbo Encarnado, que se ofereceu até à cruz pela nossa redenção, vencendo o pecado e a morte e tornando-se ao mesmo tempo pão e pastor das nossas vidas. Cristo é o pão de Deus que nos irmana e nos reconcilia para que quem caminha conosco deixe de ser um estranho no caminho, mas seja reconhecido como próximo e companheiro de viagem. E desde a tenda da Eucaristia, da oferta da vida para que outros tenham vida, do perdão aos verdugos, precisamente, onde se consuma a sua violência, a presença do Senhor gera comunidades cristãs onde se aprende sempre de novo a promover o diálogo, a reconciliação e a paz, o caminho para curar este mundo ferido pelo ódio, a inimizade e o egoísmo”
E continua:
“Localizada na latitude zero, no ‘meio do mundo’, estende a sua tenda até se tornar numa imensa tenda eucarística onde todos são convidados a partilhar este grande sonho de uma fraternidade redimida e curada pelo amor total de Cristo”.
Fonte: Site da CNBB
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