Centenas de comunicadores de todo o Brasil participam, desde a tarde de quinta-feira (18), do 11° Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom). O evento, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é realizado pela Arquidiocese de Goiânia e acontece na sua cidade-sede.
A solenidade de abertura contou com a presença de autoridades civis e eclesiásticas, incluindo o arcebispo da capital goiana, Dom Washington Cruz, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, e o bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia e coordenador-geral do Muticom, Dom Levi Bonatto.
Dom Washington abriu os trabalhos dando as boas-vindas aos presentes, oriundos de 22 estados. “Estamos muito felizes com a realização deste grande congresso aqui em nossa Arquidiocese e no Regional Centro-Oeste. Há muitos meses estamos preparando este encontro, por isso nossas atenções e preocupações são redobradas para que dê tudo certo, para que todos e cada um sejam bem acolhidos e para que esse nosso encontro seja frutuoso para a Igreja e para a sociedade brasileira”.
O bispo anfitrião também falou das raízes do Estado de Goiás. “Sinto imensa alegria que esse grandioso congresso seja chamado ‘mutirão de comunicação’. Em nossa região, com profundas raízes agrárias, mutirão sempre teve um importante significado social e cultural. Significa um grande encontro, um forte espírito de união para realizar uma tarefa coletiva e sua existência. Foi assim que nossos antepassados enfrentaram as vicissitudes de seu tempo. Foi assim que se fortaleceram os laços de solidariedade e pertencimento”, lembrou.
Dom Joaquim Mol, por sua vez, destacou que o Muticom pretende marcar a presença pública da Igreja no campo da comunicação, sendo a facilitadora da democracia e da responsabilidade social, temas principais do encontro. “A Igreja descobriu o que todas as instituições também devem descobrir, que a comunicação é um tema estratégico e importante. Não se trata só de meios de informação, mas uma questão transversal. Tudo o que a Igreja faz e realiza, por ter o seu cerne no anúncio de Jesus e do Evangelho, exige comunicação. Não uma comunicação qualquer, mas uma boa comunicação, a partir da verdade, do respeito ao outro, às diferenças, uma comunicação qualificada pelos valores do Evangelho”.
O arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, que também é o bispo referencial para a Comunicação no Regional Leste 2 da CNBB, participa do evento e relatou suas expectativas. “Hoje, o Brasil vive numa situação de dois grupos quase do mesmo número. Por isso, a Igreja não pode ser animadora de conflitos. Ela tem que ser iluminadora de fraternidade. O que eu espero desse Muticom é que ele passe informações e indicações para que todos nós, comunicadores, saibamos tratar desse problema conflitivo com muita maturidade e, sobretudo, com muito espírito de fé”. Além do arcebispo, a jornalista Danielle Quinelato representa a nossa Igreja Particular. O assessor da Diocese de São João del-Rei, Lucas Silveira, também está presente.
A conferência de abertura foi ministrada pelo Prof. Dr. Moisés Sbardelotto, que falou sobre a “Midiatização e responsabilidades na Igreja e do mundo”. Em seguida, houve o lançamento do livro “Os papas na comunicação”, de autoria da Profa. Dra. Ir. Helena Corazza e da Profa. Dra. Ir. Joana Puntel. Toda a programação do 11° Muticom acontece nas dependências do Centro Pastoral Dom Fernando, apelidado de “Cidade da Fé”.
Segundo dia de atividades
A programação da sexta-feira (19) começou bem cedo, com Santa Missa presidida por Dom Joaquim Mol e concelebrada por nove bispos e diversos sacerdotes. As atividades do dia ainda contemplaram palestras sobre a “Comunicação que nos faz pensar” e “Democracia: qual o futuro?”, além de oficinas sobre os temas que regem o Mutirão Brasileiro de Comunicação.
O evento irá até o próximo domingo, 21 de julho, e ainda abarcará a entrega dos Prêmios de Comunicação da CNBB e uma visita ao Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO).